Menos de 5 milhões

Anvisa aprova importação da Sputnik V e Covaxin com regras e quantidades risíveis

Anvisa liberou importação do equivalente a 1% da população e sugeriu que seja avisado que as vacinas não têm autorização de uso emergencial

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fachada da Anvisa
Problemas com confirmação do preenchimento da Declaração de Saúde do Viajante já foram solucionados e e-mails de confirmação disparados. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta sexta (4) a importação das vacinas Sputnik V (russa) e Covaxin (indiana) em caráter excepcional e com regras e quantidades no mínimo frustrantes.

Por quatro votos a um, a Anvisa liberou a importação do equivalente a apenas 1% da população brasileira e chegou a sugerir que a população seja avisada que as vacinas sequer têm autorização de uso emergencial.

Somados, Ministério da Saúde e governos Estaduais haviam solicitado a aquisição de 75,5 milhões de doses das duas vacinas, sendo 55,5 milhões da Sputnik V e 20 milhões da Covaxin. A Anvisa autorizou apenas 4 milhões da Covaxin e míseras 928 mil da Sputnik V.

Além da quantidade baixa de importação autorizada, a Anvisa deu uma de Pfizer e avisou que será criado um termo de compromisso para que os governadores assinem se responsabilizando, como importadores, por situações decorrentes da aplicação dos imunizantes.

Entre as contraindicações estão a recomendação para que grávidas, soropositivos (HIV), pessoas com doenças crônicas não controladas ou com histórico de anafilaxia não tomem a vacina.

Segundo técnicos da agência, as restrições são mais abrangentes. O gerente-geral de medicamentos, Gustavo Mendes, disse que a vacina “não deverá ser utilizada por pessoas com hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula, grávidas, lactantes, menores de 18, mulheres em idade fértil que querem engravidar, enfermidades graves ou não controladas e antecedentes de anafilaxia”.

Não poderão ser vacinadas com a Sputnik V ou Covaxin quem possui qualquer comorbidade ou que tenha recebido outra vacina de covid, entre outras doenças como hepatites B e C.

De acordo com Mendes, pessoas que fizeram tratamentos de sangue até três meses antes, ou que tenham feito tratamentos com imunossupressores, quimioterapia ou radioterapia não devem ser vacinadas.

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