Nunca se engatou tanto

Segurando projetos há anos, Rodrigo Maia é o novo ‘engavetador-geral da República’

Ele se recusou a por em votação, o fim de penduricalhos e do foro privilegiado, prisão em 2ª instância etc

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Presidente da Câmara dos Deputados até 2021, Rodrigo Maia. Foto: Luís Macedo/Câmara
Foram ao menos 19 nomeações, sendo 9 no próprio gabinete com salários entre R$ 4,5 mil e R$ 20,7 mil mensais. Foto: Luís Macedo/Câmara

O quase ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, que sonha em governar o Brasil em um regime “semipresidencialista”, como certa vez admitiu a esta coluna, adquiriu complexo de “primeiro-ministro” e passou a engavetar iniciativas do governo eleito nas urnas, impedindo-as de ir a votação.

Assim, arrebatou de Geraldo Brindeiro, ex-PGR da era tucana, com todo “mérito”, o título de “engavetador-geral da República”.

Nos seus estertores, impede a votação das reformas administrativa e tributária. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Mofa na mesma gaveta, desde 2019, a PEC que extingue penduricalhos nos salários do serviço público. Faz companhia à reforma administrativa.

Aprovado no Senado por unanimidade, o projeto que acaba com o foro privilegiado para autoridades foi outro engavetado por Rodrigo Maia.

A prisão para condenados em segunda instância é outra iniciativa, entre tantas outras de combate à corrupção, que morrem na gaveta de Maia.

O projeto de resolução aprovado no Senado, que anula a cobrança por malas em aviões, está na gaveta de Maia desde dezembro de 2016.

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