Ricúpero às avessas

No Brasil, a situação se inverteu e o que é bom passou a ser escondido

Pela primeira vez, desde 2007, o Brasil terá superávit no balanço de pagamentos, mas a mídia ignorou a boa notícia

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Nervosismo externo faz dólar subir para R$ 5,37. Foto: Marcello Casal Jr/ABr

Na contramão do embaixador Rubens Ricúpero, ex-ministro da Fazenda de Itamar Franco, no Brasil vigora atualmente uma nova lógica: o que é bom a gente esconde.

Pela primeira vez desde 2007, de acordo com o Banco Central, em 2021 o Brasil deve registrar superávit no balanço de pagamentos, fechando o ano em cerca de US$70 bilhões, bem acima dos US$53 bilhões inicialmente previstos.

Mas o fato foi sonegado pelos principais meios de comunicação. É bom demais para ser divulgado. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Em 1994, antes de uma entrevista, Ricúpero confessou: “Eu não tenho escrúpulos; o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde.”

Apesar dos efeitos negativos da pandemia sobre a atividade econômica, o desempenho do agronegócio, de novo, literalmente, salvou a Pátria.

Em março, o saldo positivo do agronegócio chegou a US$ 10,2 bilhões e ainda permitiu a obtenção do melhor resultado já havido em doze meses.

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