Bom senso na marra

‘Centrão’, choque de realidade e reação da sociedade salvaram o veto

Votação de 316 votos mostrou força da base do governo e real tamanho da oposição com 165 votos

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Bolsonaro fez um retrospecto sobre as decisões do Ministério da Saúde a respeito do protocolo de tratamento da doença Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil.

A manutenção do veto a reajustes para servidores públicos pelo placar de 316×165 votos mostrou a força do “centrão”, na base de apoio ao governo, e reafirma o tamanho real da oposição. Mas também mostrou a força da sociedade, que se manifestou rapidamente contra a decisão irresponsável de 42 senadores, na quarta (19), aplicando um “choque de realidade” na Câmara em relação ao esfolado pagador de impostos, que perdeu o emprego, a empresa ou teve salário e o faturamento reduzido. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Mantido o veto, os governadores e prefeitos não poderão fazer farra com o dinheiro da Saúde, mas eles se livraram da pressão de sindicalistas.

A pelegada, que vive de garimpar penduricalhos, enviou mensagem aos deputados alegando uma surrada mentira: o veto “prejudica o pequeno”.

A fala de Bolsonaro de que seria “impossível governar” e o alerta de Paulo Guedes sobre o impacto de R$130 bilhões foram fundamentais.

O duro editorial do Grupo Bandeirantes, apontando a irresponsabilidade do Senado, calou fundo e foi decisivo na decisão da Câmara pró-veto.

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