Licitação negada

Auditores do TCU denunciam compra de ‘grampo’ que Ministério da Justiça nega existir

Eles pediram ao ministro Bruno Dantas uma medida cautelar para suspender a suposta licitação

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De acordo com o TCU, o processo foi aberto e será conduzido pela unidade de auditoria especializada em governança e inovação. Foto: Saulo Cruz.

Auditores solicitaram ao ministro Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas uma medida cautelar para suspender licitação do Ministério da Justiça da compra do sistema israelense Pegasus, que possibilitaria grampear telefones.

O problema é que, segundo o Ministério da Justiça, a licitação não existe. Por sua assessoria, a pasta informa que houve um pregão em maio, mas sobre uma ferramenta de busca e consulta de dados. O objeto não era a aquisição do sistema Pegasus nem qualquer outro semelhante.

Órgãos do Ministério Público federal e estaduais e polícias Federal, Civis e Militares utilizam equipamentos que permitem  instalação de grampos telefônicos sob determinação judicial. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Os auditores até estranham a demora de Dantas e o pressionam a requisitar informações ao governo sobre a pretendida utilização do sistema.

O ministro avalia se determina a medida cautelar ou se, antes, requisita informações para tomar sua decisão.

As informações, sendo o caso, serão encaminhadas a Anderson Torres (Justiça) e Augusto Heleno (GSI) e ao diretor da Abin, Alexandre Ramagem.

Na denúncia, os auditores se valem de notícias de jornais e sites sobre o suposto interesse do vereador Carlos Bolsonaro nesse sistema.

Os auditores alegam que as autoridades da área de inteligência do governo não teriam sido ouvidas formalmente sobre a compra do Pegasus, que, segundo o ministério, não passa de fantasia.

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