São Paulo

Vereador é condenado à perda de mandato por ofensa contra judeus

O vereador foi condenado a pena de dois anos e seis meses em regime aberto, juntamente com uma multa de imposição por 13 dias

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Essa não foi a primeira vez, já que em dezembro de 2019, Amadeu insultou o vereador Daniel Annemberg, chamando-o de “judeu filho da p(*)” (Foto: Reprodução/ Instagram @vereadoradilsonamadeu)

O vereador de São Paulo, Adilson Amadeu (União Brasil) foi condenado por crime de preconceito contra a comunidade judaica. Quem impôs a pena foi a juíza Renata William Rached Catelli, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que o condenou a pena de dois anos e seis meses em regime aberto, juntamente com uma multa pelos comentários injuriosos feitos contra judeus em um áudio compartilhado pelo WhatsApp em 2020, uma pena de imposição por 13 dias. 

Na decisão a magistrada ordenou também a perda do cargo público do vereador, de acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo. Cabe recurso contra a decisão. 

O vereador expressou comentários agressivos sobre a administração do Hospital Israelita Albert Einstein durante o auge da pandemia, afirmando no áudio vazado que “é uma sem-vergonhice, que eles querem que todo mundo quebre, para todo mundo ficar na mão dos judeus”. A defesa do vereador alegou que o áudio foi enviado em um grupo de amigos de infância, e que o alvo foi a Administração Pública Municipal e Estadual, não os judeus. 

A juíza observou que expressar arrependimento por proferir palavras racistas e pedir desculpas não é suficiente, e ressaltou que esta não foi a primeira vez que o vereador dirigiu ofensas contra a comunidade judaica, já que em dezembro de 2019, Amadeu havia insultado o também vereador Daniel Annemberg, chamando-o de “judeu filho da p(*)”. 

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