Suspeito de liderar quadrilha que hackeava sites da Justiça e do Exército tem 14 anos
O grupo conseguia acessar sistemas e alterar fichas criminais
O principal suspeito de chefiar uma quadrilha criminosa presa acusada de comercializar mais de 20 milhões de logins e senhas da polícia do Exército e da Justiça por preços que chegavam em até R$ 1 mil, é um adolescente de 14 anos. O jovem disse em depoimento à polícia que criou um programa de computador que permite acesso a qualquer site privado ou público.
O delegado à frente do caso, Adriano Pitoscia, relatou que o adolescente de 14 anos contou em depoimento que acessava os sistemas por “curiosidade”.
O grupo continha acesso a logins e senhas da Polícia Federal, do Ministério Público, Polícia Militar de São Paulo, Exército, Tribunal de Justiça de São Paulo e do Ministério Público de São Paulo.
Além de acessar os sistemas, também era possível, por exemplo, alterar e inserir informações falsas em registro de boletins de ocorrência e limpar a ficha criminal de pessoas que já tinham passagem pela polícia.
Cinco pessoas são suspeitas de fazerem parte desse grupo criminoso, dois deles são adolescentes e três maiores de 18 anos, segundo a Polícia Civil de São Paulo. Todos foram detidos em junho deste ano, na Operação Lotter – Fraudador Digital, mas logo em seguida foram liberados. As informações são do Fantástico, transmitido no último domingo (24).