‘Sou apenas um cidadão criticando o trabalho de um servidor público’, diz Monark sobre Moraes
Youtuber avalia que Alexandre de Moraes pode tentar prendê-lo
O comunicador Bruno Aiub, conhecido pelo público como Monark, falou com exclusividade ao Diário do Poder sobre como a empresa Rumble, que hoje abriga o podcast Monark Talks, acatou as últimas sanções aplicadas pelo Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao mesmo tempo permitindo a continuidade do podcast. “O Rumble consegue obedecer a ordem judicial, sem retirar minha voz da plataforma”, afirmou.
“A censura era referente a um link. Esse link foi retirado e o canal passou a ter outro link. Assim eu pude manter o meu canal com todas as informações certinho”, explicou o precursor do formato podcast no Brasil.
Questionado sobre a relação do judiciário com seu trabalho, Monark avalia que Moraes tenta calar sua voz e “está quase conseguindo”. O jovem apresentador, famoso pela genialidade dos canais de games e pela condução do canal veterano no YouTube “Flow”, acredita que pode ser preso.
“Ele (Moraes) pode tentar me prender. Não sei até onde ele pode rasgar a constituição e tirar alguém que está tentando fazer oposição política ao poder dele. Sou apenas um cidadão criticando o trabalho de um servidor publicou”, cravou.
Depois de se tornar um alvo por declarações avessas a cartilha do politicamente correto, Monark revela uma faceta corajosa, com embasamento e lado político, antes desconhecida pelo público. “Cada vez que eles dobrarem a aposta em promover ditadura, temos que dobrar a aposta em promover liberdade”.
Confira a entrevista na íntegra
Qual foi o caminho adotado por você e sua equipe para seguir com o podcast no Rumble, mesmo com a censura imposta?
-A censura do Xandão era referente a um link. Esse link foi retirado e o canal passou a ter outro link. Assim eu pude manter o meu canal, e ao mesmo tempo o Rumble consegue obedecer a ordem judicial deles, sem, realmente, tirar a minha voz da plataforma.
Em declaração recente, você diz que o Ministro Alexandre de Moraes pretende te prender. Você pode ser mais específico sobre esse ocorrido?
– O que ele está tentando fazer, e está quase conseguindo, é me calar. Eu acho que ele pode tentar me prender. Não sei até onde ele pode rasgar a Constituição e tirar alguém que está tentando fazer oposição política ao poder dele. Sou apenas um cidadão criticando o trabalho de um servidor público.
Você incomoda a censura por simplesmente dizer o que pensa ? Quais interesses estão por trás de quem quer te calar?
A censura tem narrativas proibidas. Eu não tenho medo de trazer assuntos que a censura julga proibidos. Por exemplo, trazer a minha desconfiança de que houve fraude nas últimas eleições, é um assunto tabu para o Xandão. Você não pode ter desconfianças. Mesmo tendo todas as ilegalidades que o TSE cometeu, na minha opinião, censurando influenciadores e veículos de comunicação.
O que está acontecendo, na minha opinião é uma agenda globalista, uma agenda dos caras mais poderosos do mundo, o Fórum Econômico Mundial (Vamguard, BlackRock), empresas com uma influência global gigantesca que querem controlar a narrativa e avançar sua agenda para implementar mecanismos de controle, sem contestação.
São empresas com grande poder sobre nossas instituições, não controlam 100%, mas têm muita influência.
Que fantasma assombra potencialmente o Brasil na atualidade, comunismo puro e simples, globalismo, ou as duas coisas juntas?
O comunismo, para mim, é só uma ferramenta. Também tem o fantasma do atraso. O Brasil é uma potencia que nunca se desenvolveu num contexto de guerra mundial. Todas as potências do mundo vão se posicionar nesse mundo multipolar, que na minha opinião, está se formando, e o Brasil está perdendo essa oportunidade. A gente não tem uma organização política no país que seja nacionalista a ponto de aproveitar essa mudança para desenvolver o país.
No entanto, o globalismo é o problema. Uma pauta de hegemonia e centralização política. E no fim, órgãos internacionais coordenando políticas públicas em todos os países. Esse é o maior porblema da humanidade. Não só do Brasil.
Políticos, jornalistas e artistas têm medo de te apoiar declaradamente? Estão, em sua maioria, indignados com o atual momento ou são marionetes do sistema?
Eu acho que a maioria das pessoas está com medo. Você tem que ser meio doidão para sair falando para as pessoas o que está acontecendo, por mais claro que seja, porque você vai sofrer retaliação política. O que está na mente da galera é a possibilidade de eu ser preso. A maioria já se convenceu de que isso é possível, na verdade estão até esperando que isso aconteça. É por isso que as pessoas não me apoiam declaradamente. Mas tem os que são marionetes do sistema sim, que se aproveitam para fortalecer os caras e fortalecer a eles mesmos.
Na sua opinião, como frear o ativismo judicial no Brasil?
A gente tá numa fase que é guerra de narrativas. A maioria das pessoas ainda não entendeu a gravidade do problema. É uma ditadura do judiciário, não só um ativismo. A gente precisa informar as pessoas.
Se fosse de maneira institucional, o Senado tinha que a acordar e impor limite. O Senado tem os mecanismos, mas existe uma união meio macabra entre todo mundo.
A única solução é ganhar a narrativa. Na mídia mainstream ainda tratam o Alexandre de Moraes como herói. Mascaram que ele é um dos grandes responsáveis pela destruição das nossas instituições. Não vou isentar a culpa de outros atores políticos relevantes. Mas não quero tirar a culpa do Alexandre de Moraes, ele tem muita culpa na minha opinião.
Os episódios que colocaram um alvo sobre sua cabeça te impulsionaram a lutar ainda mais por liberdade de expressão? (Você está cada vez mais ousado)
A liberdade de expressão é fundamental. Sem ela não existe democracia. É por isso que eles estão cassando a liberdade da população. Se as pessoas não puderem contestar, então você fica livre para fazer o que quiser. A gente pode acabar numa Corea do Norte no final das contas. Você acha que eles não querem cada vez mais poder? A gente não pode deixar isso acontecer porque vai ser um futuro trágico para as nossas famílias, para todo mundo.
Não aceito que essa é e a realidade e não tem nada que a gente possa fazer. O primeiro passo é parar de ter medo.
Cada vez que eles dobrarem a aposta em promover ditadura, temos que dobrar a aposta em promover liberdade
Quero que você fique à vontade para considerações finais.
Tem uma ditadura do judiciário, ela tá no comecinho. Tem chance da gente impedir que ela continue e voltar a sanidade política. A gente precisa da população entendendo a gravidade da situação e é por isso que eu mostro as inconsistências do judiciário no meu programa. Estou desrespeitando a tirania e respeitando Constituição. E eu convido a todo mundo que estiver lendo a lutar comigo.