Inédito

Almeida é o primeiro ministro a ser demitido por assédio sexual no Brasil

Estudo conduzido pela Universidade de Brasília (UnB) aponta o caso

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Ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida beija o presidente Lula. (Foto: Ricardo Stuckert/PR/Arquivo).

Demitido do Ministério dos Direitos Humanos por diversos escândalos sexuais e morais, Silvio Almeida foi o primeiro ministro do Executivo a ser demitido no Brasil por assédio sexual.

Estudo conduzido pela Universidade de Brasília (UnB), mostra que nunca houve demissão desse tipo desde a redemocratização do Brasil, em 1985.

Durante todo esse período, ministros já tiveram crises de imagem e caíram do cargo por diversos motivos porém, por escândalo sexual foi a primeira vez.

O estudo foi coordenado pelo professor Wladimir Gramacho e divulgado pelo jornal Folha de São Paulo.

Almeida demitido

Como noticiou o Diário do Poder, Silvio Almeida foi demitido do cargo no dia 6 de setembro após a série escândalos sexuais envolvendo o então ministro dos Direitos Humanos do governo do presidente Lula (PT).

A professora Isabel Rodrigues narrou uma situação e denunciou Almeida de abuso sexual. A situação teria ocorrido em 2019.

Isabel conta que Silvio era um amigo e que eles almoçaram por diversas vezes, mas que em um dos encontros ele levantou a saia dela e “colocou a mão com vontade”.

Entre 2007 e 2012 denúncias de estudantes da universidade São Judas Tadeu, em São Paulo, onde Almeida foi docente, relataram propostas de encontros sexuais em troca de melhora na nota de alunas que corriam risco de reprovação.

Ameaças

Um ex-servidor que denunciou o ex-ministro do governo Lula, pediu para ser incluído no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos após sofrer ameaças.

O sociólogo Leonardo Pinho que é ex-diretor de Promoção dos Direitos da População em Situação de Rua do Ministério de Direitos Humanos alega que recebeu uma ligação onde foi ameaçado com: “Não vou aceitar. O complô vai ser desmantelado. Para de falar. Silvio é sócio de grandes escritórios de advocacia”.

Almeida nega as denúncias.

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