São Paulo

Queda de helicóptero com 4 pessoas é registrado como homicídio culposo

A perícia foi realizada no local e os resultados estão sendo aguardados para dar continuidade às investigações

acessibilidade:
No acidente todos os quatro ocupantes da aeronave morreram (Foto: Divulgação/PMSP)

O caso do helicóptero PR-HDB que caiu em uma área de mata em Paraibuna, cerca de 125km da capital paulista, foi registrado pela Polícia Civil de São Paulo como homicídio culposo (quando não há intenção de matar). No acidente todos os quatro ocupantes da aeronave morreram. 

A Polícia Civil de Paraibuna registrou caso. A perícia foi realizada no local e os resultados estão sendo aguardados para dar continuidade às investigações. 

A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), é quem está investigando as causas do acidente, que ainda não foram determinadas. 

“A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes”, diz a FAB. 

O coronel Ronaldo Barreto de Oliveira, chefe do Comando de Aviação da PM, afirmou que ainda não é possível esclarecer o que provocou a queda, mas que é possível que o mau tempo tenha contribuído para o acidente. 

“Ele [o piloto] pode entrar no mau tempo, perder visibilidade e a consciência situacional e desorientar. É comum para quem entra inadvertidamente na área de nuvem”, explica. 

O helicóptero fez um pouso de emergência próximo à represa de Paraibuna, a cerca de 10 quilômetros do local onde os destroços foram encontrados. O piloto havia manifestado dificuldade para voar em razão das nuvens em conversas com o operador do heliponto. Além disso, os passageiros chegaram a enviar mensagens a pessoas próximas nas quais disseram que o tempo estava ruim. 

“Ele saiu [do local onde a aeronave havia pousado], voou um pouco, ficou tentando escapar das nuvens para retornar a São Paulo e não conseguiu, infelizmente”, disse o delegado Paulo Sérgio Rios Campos Melo, diretor do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), da Polícia Civil de São Paulo. 

O PR-HDB era pilotado por Cassiano Tete Teodoro, 44 anos. Além dele, estavam no voo Raphael Torres (41), Luciana Marley Rodzewics Santos (46), e a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto (20). Os corpos das quatro vítimas foram enterrados no último domingo (14) em São Paulo. 

Reportar Erro