Mandato em jogo

PSDB reage e Beto Richa aborta plano de filiação ao PL

Tucanos ameaçaram pedir mandato de deputado federal de Richa caso a troca de partido fosse efetivada

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Ex-governador do Paraná Beto Richa. Foto: Ricardo Almeida/ANPR

Figura conhecida na política do Paraná, estado em que foi eleito duas vezes governador, o deputado federal Beto Richa decidiu ficar no PSDB, sigla em que é filiado há mais de 20 anos, e, ao menos por ora, abortou a ideia de integrar o PL. O convite para se tornar um quadro dos liberais teria partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Nas redes sociais, Richa encheu o PSDB de elogios e disse ter recebido apelos para que permanecesse no partido.

Parecia óbvio, para meus amigos da direção do partido, que minha saída poderia estimular outros filiados a fazer o mesmo. Prevaleceu o peso do compromisso com o PSDB, um partido que mudou o Brasil para muito melhor”, diz trecho da declaração.

Nos bastidores, a possível ruptura não foi tratada de forma tão amistosa quanto o parlamentar floreia. Ao contrário do que aconteceu com Carlos Sampaio dias antes, o comando tucano não autorizou a saída de Richa e avisou que pediria o mandato do parlamentar. Assim, caso Richa saísse do PSDB, perderia a cadeira de deputado federal.

A mudança tem como pano de fundo a disputa pela prefeitura de Curitiba. O PL teria prometido legenda a Richa. O partido tem mais recursos para uma eventual campanha, o que encheu os olhos do político, que foi prefeito da cidade por dois mandatos.

Dentro do PL também há resistências para receber o possível novo quadro. O partido já tem ao menos dois interessados em lançar candidatura.

Com o “fico” de Richa, o político deve disputar a cadeira de prefeito pelo PSDB.

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