Operação Ignis

PF prende líder de facção que dominava fronteira com o Paraguai

Um dos criminosos é considerado um dos grandes fornecedores de armas e drogas para criminosos que atuam no Rio de Janeiro

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O grupo operava grandes esquemas de tráfico internacional que tinham como destino o Brasil (Foto: Reprodução/PF)

Na manhã desta terça-feira (19), a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai e a Polícia Federal do Brasil prendeu um dos líderes de uma violenta organização criminosa que exercia domínio na região de fronteira por meio do tráfico de drogas e de armas, além de praticar diversas ações violentas inspiradas nos principais cartéis mexicanos. A prisão ocorreu durante a Operação Ignis. 

O criminoso preso é considerado um dos grandes fornecedores de armas e drogas para criminosos que atuam no Rio de Janeiro. Seu grupo operava grandes esquemas de tráfico internacional que tinham como destino o Brasil. Pelo modal aéreo, recebiam cocaína da Bolívia e posteriormente remetiam ao Brasil. Pela via terrestre, dedicavam-se ao envio de armas e maconha. 

A organização criminosa desarticulada era conhecida por sua violência extrema contra facções rivais, policiais e militares das Forças Armadas, tanto brasileiras quanto paraguaias. Um dos líderes do grupo, um homem paraguaio, é considerado foragido da Justiça Federal por ter participado do homicídio de um militar do exército brasileiro em 2020. O militar foi morto durante uma abordagem realizada por militares brasileiros a uma das embarcações do grupo, que navegava no Rio Paraná carregada com mais de meia tonelada de maconha. O nome do líder está na Difusão Vermelha da Interpol. 

No Paraguai, ele ainda é acusado pelo assassinato de um policial e por promover diversos ataques a tiros a delegacias, além de operações de resgate de presos. 

Chama a atenção o arsenal militar apreendido com o grupo, em uma área rural na zona de Salto del Guairá, no Paraguai, próximo à fronteira brasileira. Fuzis, grande quantidade de munição e uma arma antiaérea foram apreendidos na ação, que segue sendo realizada na região de fronteira, com a destruição de pistas clandestinas de pouso utilizadas para envio de cocaína e armas ao Brasil. 

A cooperação policial entre a SENAD, no Paraguai, e a Polícia Federal do Brasil resultou na desarticulação de um cartel com forte poder bélico e logística empregada para o tráfico internacional de drogas e armas. A Adidância da Policia Federal no Paraguai, a Delegacia de Polícia Federal em Guaíra/PR e o GISE/SENAD participaram da operação. Até o momento, nove prisões foram realizadas, e diligências seguem em curso com atualizações oportunas. 

 

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