Partido Novo lança Marcel van Hattem à Presidência da Câmara
No Senado, o partido Novo lançou recentemente a candidatura de Eduardo Girão (CCE)
O partido Novo oficializa nesta segunda-feira (27) a candidatura de Marcel van Hattem (Novo-RS) para a presidência da Câmara dos Deputados, em oposição ao PT e sua base governista.
“Não estamos confortáveis com o fato de termos apenas duas candidaturas lançadas, uma do Centrão e outra do PSOL. A oposição precisa ter uma opção pois entendo que não podemos ficar nas mãos dos mesmos grupos que têm dominado a Câmara e o Senado há tantos anos. Não há clareza sobre quais propostas da oposição serão de fato implementas por Hugo Motta se, de fato, for eleito. E quando alguém tem apoio do PT eu tenho automaticamente o pé atrás”, declarou Marcel van Hattem (Novo-RS), candidato à presidência da Câmara.
A candidatura de van Hattem se compromete com as pautas da oposição na Câmara, como o impeachment de Lula, a anistia às vítimas do 8 de janeiro, a defesa das prerrogativas dos parlamentares e o combate ao abuso de autoridade. Também defende as reformas estruturais e as pautas econômicas, com o compromisso de não deixar pautar qualquer aumento de carga tributária – pelo contrário, o compromisso será com a redução de impostos para os brasileiros.
“Nosso compromisso é com o Brasil, não com barganhas políticas ou interesses de curto prazo. Queremos devolver o protagonismo ao Parlamento e garantir que as decisões tomadas aqui reflitam os anseios da população”, afirmou o deputado.
Marcel van Hattem, deputado federal pelo Rio Grande do Sul, é uma das figuras mais expressivas do partido Novo. Conhecido por sua postura combativa a favor da liberdade de expressão e contra medidas que ele considera populistas ou que aumentam o custo da máquina pública, van Hattem tem a imagem consolidada como uma voz ativa no Congresso Nacional.
No Senado, o partido Novo lançou recentemente a candidatura de Eduardo Girão, senador pelo Ceará. Girão tem se destacado por sua atuação em temas como o combate à corrupção, a defesa da liberdade de expressão e a fiscalização dos gastos públicos. Durante o anúncio de sua candidatura, o senador reforçou a necessidade de uma liderança no Senado que seja independente, comprometida com a democracia e capaz de resistir a pressões político-partidárias, pois avalia que, hoje, a Casa está em estado de “inércia” e longe dos anseios dos cidadãos brasileiros.
“Precisamos de uma presidência que não seja submissa, mas que represente os interesses legítimos dos brasileiros. É necessário que o Senado se levante e cumpra seu dever constitucional para findar o ativismo judicial e desrespeito à Constituição por parte de alguns ministros dos tribunais superiores, assim como riscos enormes do governo Lula ao Brasil. Nosso foco é garantir transparência, ética e responsabilidade em todas as decisões. Precisamos retomar o equilíbrio entre os três Poderes, porque hoje, infelizmente, estamos vivendo uma ditatura da toga, com direito à presos políticos, em pleno século XXI”, enfatizou Girão.
Girão destacou ainda que o senador Davi Alcolumbre (União-AP), um dos candidatos à presidência do Senado dessa próxima Legislatura, já teve uma chance como presidente da Casa e decepcionou, pois “ele apequenou o Senado permitindo uma invasão cada vez maior de competências por parte do Poder Judiciário, principalmente, gerando um caos institucional e levando o Brasil a insegurança jurídica”.
“Estamos no Congresso enfrentando o que existe de pior na política, como por exemplo, os partidos fisiológicos, que colocam os interesses pessoais partidários acima dos interesses nacionais. Eu estou representando os brasileiros de bem, que não se submetem ao regime de Lula e nem do STF. Nossas candidaturas são para defender o Brasil”, concluiu Girão, candidato à presidência no Senado.
As candidaturas de van Hattem e Girão enfrentam desafios significativos em um Congresso marcado por coalizões heterogêneas e pelo peso do chamado “Centrão”. No entanto, o partido Novo acredita que a apresentação de nomes comprometidos com princípios claros e com pautas como o combate ao abuso de autoridade, as reformas estruturais no poder público, a consolidação da prisão em segunda instância e a anistia do 8 de janeiro, pode influenciar o debate político e estabelecer um contraponto ao que eles classificam como “política do toma-lá-dá-cá”.
A eleição para as presidências da Câmara e do Senado está marcada para o próximo sábado (01), nos plenários das duas Casas. No mesmo dia também serão escolhidos os demais integrantes da Mesas Diretoras: os vice-presidentes, os secretários e os respectivos suplentes.