Gabinete de Juscelino Filho

Pago pela Câmara, assessor trabalhava em fazenda da família de Juscelino

Homem diz que nunca trabalhou na função que foi contratado

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Juscelino Filho, ministro das Comunicações, coleciona polêmicas - Foto: Cléverson Oliveira/Mcom.

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, está envolvido em mais uma polêmica envolvendo dinheiro público. Desta vez, um assessor parlamentar, pago pela Câmara dos Deputados, é apontado como “faz-tudo” de fazendas da família de Juscelino. A informação foi revelada nesta terça-feira (11) pelo jornal O Estado de São Paulo.

Em entrevista ao jornal, Waldenôr Alves Catarino diz que foi contratado como assessor parlamentar, mas nunca desempenhou a função. Segundo relato, ele trabalhava nas terras de um tio do ministro, o ex-senador e ex-prefeito de Santa Inês Roberth Bringel.

Era assim, ó: eu era lotado aí na Câmara Federal e trabalhava aqui para o tio dele (de Juscelino) na fazenda“, afirmou. “Eu fazia tudo, trabalhava num caminhão. Levava óleo para trator, instalando estaca na fazenda, fazia tudo”.

Catarino foi contratado como secretário parlamentar em outubro de 2015 no gabinete de Juscelino Filho, eleito deputado federal. A função dispensa o registro do ponto.

Apesar de lotado no gabinete de Juscelino, o funcionário falou que não tinha contato com político. “Se eu for dizer as vezes que eu falei com Juscelino, foi pouco”, afirmou.

O emprego de Catarino na Câmara durou até maio de 2022, quando quis mudar de emprego. O serviço era muito puxado. Tinha que levantar todos os dias 5 da manhã, não tinha horário para parar”, relatou.

O ministro de Lula, indicado ao cargo pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP), coleciona polêmicas envolvendo mau uso do dinheiro público. Já foi descoberto que o ministro participou de um leilão de cavalos de raça após chegar em São Paulo em um voo da FAB. Outros dois funcionários privados de Juscelino também são pagos com verba da Câmara, estão até hoje lotados no gabinete do suplente do ministro Dr. Benjamim (União-MA). O jornal procurou os envolvidos para manifestação, mas não houve resposta.

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