Vexame

Nota constrangedora do Itamaraty passa pano para o Irã por ataque contra Israel

Brasil adotou tom ameno sobre ataque iraniano, mas agressivo contra Issrael

acessibilidade:
Palácio do Itamaraty. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr).

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) finalmente divulgou uma nota se manifestando sobre o ataque iraniano contra Israel. A curta nota, tímida e protocolar, é bem diferente da manifestação do Itamaraty ao condenar as operações de Israel no Líbano.

Sobre o ataque iraniano, que disparou cerca de 200 mísseis contra o território israelense, o governo brasileiro nada falou sobre os mortos e feridos. Também não citou destruição de alvos civis.

Na minúscula nota de seis linhas, de forma genérica condenou “a escalada do conflito”. Veja a nota abaixo.

“O governo brasileiro acompanha com preocupação o lançamento de cerca de 200 mísseis pelo Irã contra o território israelense, condena a escalada do conflito e renova seu apelo a todas as partes envolvidas para que exerçam máxima contenção.

Reitera, ainda, sua convicção acerca de necessidade de amplo cessar-fogo em todo o Oriente Médio e conclama a comunidade internacional para que utilize todos os instrumentos diplomáticos à disposição a fim de conter o aprofundamento do conflito.

A Embaixada em Tel Aviv continua a monitorar a situação dos nacionais em Israel, em contato permanente com os brasileiros no país, aos quais tem prestado orientações e assistência consular.”

Ao se manifestar contra Israel pela operação no Líbano, o governo Lula, em longa nota de 18 linhas, foi enfático ao condenar a operação israelense, citar resoluções da ONU, além de citar mortos e feridos.

“O governo brasileiro acompanha, com grave preocupação, a realização de operações militares terrestres do exército de Israel no Sul do Líbano, em violação ao direito internacional, à Carta da ONU e a resoluções do Conselho de Segurança. Também deplora a continuidade dos ataques aéreos israelenses a várias regiões do país, que provocaram, desde o passado dia 17, a morte de mais de 1000 pessoas, incluindo 2 adolescentes brasileiros e seus pais, assim como um saldo de milhares de feridos.

Ao reafirmar a defesa do pleno respeito à soberania e à integridade territorial do Líbano, o Brasil insta Israel a interromper imediatamente as incursões terrestres e os ataques aéreos a zonas civis densamente povoadas naquele país.

O governo brasileiro renova, ainda, apelo a todas as partes envolvidas para que exerçam máxima contenção e para que alcancem, com a máxima urgência, cessar-fogo permanente e abrangente.

Recorda a necessidade de cumprimento da Resolução 1701 (2006) do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em particular, o chamado à completa cessação de hostilidades entre Israel e o Hezbollah e ao respeito à Linha Azul, bem como conclama a comunidade internacional para que se valha de todos os instrumentos diplomáticos à disposição a fim de conter o agravamento do conflito.

A Embaixada em Beirute continua a monitorar a situação dos nacionais no Líbano, em contato permanente com os brasileiros no país, aos quais continua a prestar assistência consular emergencial. O Itamaraty e o Ministério da Defesa organizam conjuntamente a realização de voo de repatriação para retirada de brasileiros.

O governo brasileiro reitera o alerta para que todos deixem as áreas conflagradas, sigam as orientações de segurança das autoridades locais e, para os que disponham de recursos para tanto, procurem deixar o território libanês por meios próprios. O aeroporto de Beirute continua em operação para voos comerciais.

O número de plantão consular do Itamaraty segue à disposição, em caso de necessidade: +55 (61) 98260-0610 (com WhatsApp).”

 

 

De acordo com a atual legislação eleitoral brasileira (resolução TSE 23.610/2019), sites de notícias podem ser penalizados pelos comentários em suas publicações. Por esse motivo, decidimos suprimir a seção de comentários até o fim do período eleitoral.