Retroceso

Marinho quer novo imposto sindical bancando pelegada

Envergonhado, governo achou que se preste a apresentar a proposta: o deputado Luiz Gastão

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O Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, ao lado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. (Foto: Agência Brasil.)

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, não desistiu da ideia de garfar uma fatia do salário do trabalhador e restabelecer o imposto sindical, que, rejeitado pelos trabalhadores, acabou extinto em 2017 durante o governo do ex-presidente Michel Temer.

A proposta de retrocesso é tão vergonhosa que o governo arrumou um deputado para  apresentá-la em  fevereiro como se não fosse obra do governo. Condutor dessa iniciativa do atraso, destinada a restabelecer bilhões de reais que fazem a fortuna da pelegada  que controla entidades sindicais, Marinho anunciou quem vai se prestar ao serviço: o deputado Luiz Gastão (PSD-CE), representante de entidades do Sistema S, também  beneficiada pela tunga no bolso dos trabalhadores eempregadores.

Gastão participa de um grupo informal que tem na composição representantes de sindicatos e confederações patronais, todos empenhados em ressuscitar o imposto, para que  a população os sustente e pague os custos de suas sedes nababescas.

“Estamos próximos desse acordo. Esse projeto não será enviado pelo governo, vai nascer no Congresso. Um dos integrantes da comissão (grupo de trabalho informal) deve oferecer uma proposta. O que importa é um entendimento entre as partes, mesmo que o governo não goste”, diz trecho da entrevista do ministro ao jornal.

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