Velhos amigos

Irmãos Batista têm 5 reuniões fora de agenda no Planalto

Réus confessos em esquemas de corrupção, irmãos está à vontade

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Joesley Batista, controlador J&F, quando era conduzido preso pela Polícia Federal, em setembro de 2017 - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil.

Os irmãos Joesley e Wesley Batista, nomes conhecidos na Operação Lava Jato e donos do grupo J&F e JBS, visitaram o Palácio do Planalto pelo menos cinco vezes entre 2023 e 2024, antes de se encontrarem com o presidente Lula (PT) em maio deste ano.

Em quatro dessas visitas, as reuniões não foram registradas nas agendas oficiais.

Durante esse período, os Batistas obtiveram uma vantagem do governo: uma Medida Provisória editada em junho autorizou um socorro de R$ 450 milhões à Amazonas Energia, que será pago pelo pagador de impostos na conta de luz.

Aneel faz repasse milionário e atende aos irmãos Batista

Como noticiou o Diário do Poder, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a homologação do repasse de R$ 39,06 milhões da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) para a Amazonas Energia. No total, serão repassados R$ 451,4 milhões para a distribuidora. O valor considera um período de 120 dias, de 26 de maio a 22 de setembro, conforme previsto na medida provisória editada por Lula.

A Âmbar, empresa dos irmãos Batista, quer comprar a Amazonas Energia, e a transferência está sendo avaliada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que tem uma vaga de diretor a ser indicada por Lula e chancelada pelo Senado. As informações foram divulgadas pelo jornal Folha de São Paulo.

A empresa também foi a primeira empresa habilitada pelo governo a importar energia elétrica da Venezuela para reforçar o abastecimento de Roraima.

Executivos da Âmbar compareceram inclusive 17 vezes no Ministério de Minas e Energia fora da agenda oficial.

Empresa favorita do governo, mesmo Joesley tendo delatado governos petistas

Os empresários admitiram diversos casos de corrupção nos governos petistas, mas agora negam e tentam anular a multa de R$ 10,3 bilhões assumida em acordo de leniência com o Ministério Público Federal.

Em uma delação premiada realizada em 2017, os empresários confessaram a participação do grupo em esquemas de corrupção e pagamento de propina, no contexto das investigações da Operação Lava Jato.

Joesley afirmou que o ex-ministro da Fazenda do governo de Dilma Rousseff (PT), Guido Mantega atuava como um “facilitador da JBS” no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O empresário também revelou que “emprestou” US$ 20 milhões da conta corrente do PT, que chegou a acumular US$ 150 milhões.

 

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