Impeachment de Biden investiga abuso de poder, obstrução e corrupção
Presidente da Câmara dos EUA confirmou alegações que justificam abertura do processo
A Câmara dos Estados Unidos prepara abertura de processo de impeachment do presidente Joe Biden, informou o presidente da Casa, deputado Kevin McCarthy. Pesa contra Biden a atuação de Hunter Biden, filho do presidente dos Estados Unidos, acusado de sonegação.
No Capitólio, prédio que concentra o legislativo norte-americano, McCarthy disse que “há alegações de abuso de poder, obstrução e corrupção” e que está “instruindo nossos comitês da Câmara a abrirem um inquérito formal de impeachment do presidente Joe Biden”,
Como funciona o impeachment nos EUA
O processo basicamente segue três passos.
O primeiro é a abertura das investigações. Em tese, qualquer deputado pode apresentar o pedido. Um comitê analisa o inquérito na Comissão de Justiça da Câmara, que vai definir se será formulado o processo ou se seguirá para arquivamento.
Acolhido o processo, o texto segue para votação na Câmara.
No segundo passo, a votação na Câmara, para ser condenado, o presidente precisa receber votos da maioria simples neste sentido. Ou seja, 218 dos 435 deputados.
O Democratas, partido de Biden, tem 212 cadeiras, configurando a minoria na Casa. O Republicanos, partido de oposição, tem 222 cadeiras.
Se aprovado, Biden e tido como “impedido”. Ele não perde o cargo, mas a declaração serve para indicar que o presidente é formalmente processado.
No Senado, os senadores atuam como jurados e um grupo de deputados atua como promotores.
Na votação do Senado, para que o impeachment ocorra, é preciso que dois terços dos senadores votem pela condenação, ou seja, 67 dos 100 parlamentares.
Este cenário é favorável ao atual presidente. No Senado, 51 cadeiras são do Democratas. Os Republicanos ocupam a minoria, 49 cadeiras.