Guerra é ‘tempestade perfeita’ no mercado de petróleo, diz Prates
O presidente da Petróbras, Jean Paul Prates deu declarações de como vê a influência do conflito de Israel e Hamas no preço da gasolina
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que a guerra é uma “tempestade perfeita” no mercado de óleo e gás. No entanto, o presidente da petroleira avalia que no momento não há indícios de que a guerra entre Israel e Hamas possa interferir no preço dos combustíveis do Brasil.
Prates deu as declarações, nesta quarta-feira (18), depois de uma reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin e o secretário-geral da Opep, Haitham al-Ghais, que visita o Brasil.
“Do ponto de vista do mercado de petróleo e gás, por enquanto, não há indício de que haverá alastramento disso para países como Irã, Egito e outros países produtores”, destacou.
Prates reconheceu que o conflito já gerou um impacto inicial no preço do petróleo, mas que houve uma estabilização, atualmente o barril de petróleo Brent está sendo negociado em cerca de US$91, convertendo para o real fica R$461,02.
Segundo o presidente, foi observado que a cotação do petróleo está alta “mas não tem, necessariamente, a ver com esse conflito em si. Já tinha uma inflação estrutural acontecendo”, explica.
Prates informou que tem conversado com representantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e afirma que no momento a preocupação é buscar uma solução pacífica que impeça o alastramento da guerra por todo o Oriente Médio.
“O Brasil é importante, tem recursos naturais abundantes, está fazendo transição energética e é capaz de dar exemplo. Temos estreitado as relações”, concluiu.