CPI do MST

GDias põe Abin na berlinda e Zucco quer explicações de ex-diretor

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Deputado Zucco, presidente da CPI do MST - Foto: Agência Câmara.

Não diferente do que se previa, mas com a temperatura mais alta do que se esperava, a reunião que retomou os trabalhos da CPI do MST teve confusão com direito a “cale a boca” durante a fala de uma deputada, e até uma melancia compartilhada entre os parlamentares de oposição.

O General Gonçalves Dias, ex-chefão do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Lula começou apreensivo, mas foi se soltando sob os aplausos da torcida de esquerda, usou ironia em alguns momentos, mas foi embora sem dar grandes explicações sobre seu papel no monitoramento e contenção das invasões de terra enquanto esteve à frente do GSI.

Ficamos surpresos porque ele esteve à frente do GSI durante janeiro e fevereiro, período em que houve 27 invasões. Mas ele disse que só ficou sabendo de uma. Temos um grande número que ele não reconheceu”, analisou o presidente da CPI, o deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos -RS).

Chamou a atenção o fato de ele deixar claro que não foi produzido nenhum relatório por parte da ABIN, que é um órgão de inteligência, estratégico. Nós vamos atrás de outras informações, inclusive com a possível convocação do diretor da ABIN na época [Saulo Moura da Cunha], questionando como pode essa instituição não produzir conhecimento numa escalada de invasões que acabou sendo fruto da instalação dessa CPI”.

Perguntado sobre desacatos da esquerda, após uma reunião em que foi acusado de “falar grosso com mulher, mas falar fino com Salles”, Zucco avaliou que “essas agressões, ou até mesmo parlamentares que se vitimizam para tentar nos enfraquecer, só me fortalecem. A esquerda reage por ter no movimento, uma bandeira, quando ao meu ver, a defesa contraria às invasões deveria ser uma defesa de todos e não apensas da oposição”.

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