Denúncia

Ex-diretora da CBF pede afastamento de Ednaldo Rodrigues

Ednaldo foi afastado da presidência da CBF por decisão da Justiça do Rio de Janeiro, mas retornou ao cargo na semana passada

acessibilidade:
Luísa Rosa pede também o afastamento do diretor de Governança e Conformidade, Hélio Menezes Jr (Foto: Reprodução/X @leiemcampo)

A primeira diretora mulher da história da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Luísa Rosa, apresentou uma denúncia à Comissão de Ética da entidade no último domingo (7) pedindo o afastamento do presidente Ednaldo Rodrigues e do diretor de Governança e Conformidade, Hélio Menezes Jr. 

A ex-diretora Rosa foi demitida por Ednaldo no ano passado e atualmente move um processo na Justiça contra a CBF por assédio moral e sexual, com pedido de indenização de R$ 1,8 milhão. 

“Denuncia-se, nesta notícia de infração ética, um padrão de conduta que, infelizmente, é muito comum na sociedade brasileira, inclusive na CBF, mais especificamente na gestão do Primeiro Requerido [Ednaldo]. Trata-se do inadmissível, criminoso e censurável assédio que mulheres sofrem no ambiente de trabalho predominado por homens”, escreveu a ex-diretora na notícia de infração ética enviada à Comissão, instância encarregada de investigar denúncias. 

Além disso, ela afirmou que se os dois indivíduos mencionados continuarem em seus cargos, uma possível investigação interna sobre as acusações pela própria CBF será prejudicada.

De acordo com a ex-diretora, Ednaldo esvaziou suas funções pouco após assumir o cargo em abril de 2022. 

Ela também denuncia que o presidente instalou uma central de espionagem na sede da entidade, na Barra da Tijuca, no Rio, com a colocação de câmeras escondidas no teto do refeitório. 

A ex-diretora acrescenta que trabalhava em um ambiente tóxico para mulheres, sendo obrigada a conviver com comentários sobre prostitutas, cantadas e convites para encontros fora do horário do expediente. 

Ednaldo foi afastado da presidência da CBF por decisão da Justiça do Rio de Janeiro, mas retornou ao cargo na semana passada graças a liminar do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). 

A CBF não se manifestou sobre as acusações. 

Reportar Erro