Deputada associa atuação de ONGs na Amazônia ao tráfico de drogas
Silvia Waiãpi (PL-AP) afirmou que ONGs internacionais lucram com a miséria do povo indígena
A deputada federal Sílvia Waiãpi (PL-AP) criticou a atuação de Organizações Não Governamentais (ONG) na região amazônica e as responsabilizou pelo uso de áreas indígenas pelo tráfico de drogas.
A parlamentar também criticou a atuação do IBAMA na Região Norte. As falas foram durante entrevista ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes e com transmissão pelo BandNews TV. Participaram da entrevista os jornalistas Pedro Campos, Thays Freitas e Cláudio Humberto.
“Nenhum povo, ninguém, nenhum habitante do Norte brasileiro, principalmente da Amazônia, está satisfeito com a atuação do Ibama”, disse a deputada ao explicar que a política do órgão impossibilita o desenvolvimento dos povos da região.
“Isso faz com que muitas mulheres se prostituam. Crianças sejam vendidas para abusos sexuais e você vê uma atuação completa do narcotráfico naquela região. O Ibama é uma instituição que, muitas das vezes, atua contra o próprio povo brasileiro” disse ao destacar ainda que os moradores têm medo do órgão que, segundo ela, atua com violência.
A deputada disse ainda que as ONGs internacionais favorecem o desenvolvimento de atividades ilegais, como o narcotráfico, na região.
“Essas organizações não governamentais, elas impõem sobre o Brasil a não atuação das forças de segurança nessas áreas. Nenhuma fiscalização pode ser feita pelo poder público”, afirmou.
A parlamentar também afirmou que é imposto aos indígenas a necessidade de manutenção da cultura com proibição do desenvolvimento da agricultura, por exemplo.
“Não podem plantar arroz, não podem plantar, feijão, não podem plantar soja… não podem plantar absolutamente nada na terra onde vivem. Mas, este mesmo grupo que impõe isso sobre os indígenas, é a favor da plantação de maconha e, muitas das vezes, nós vemos apreensão de toneladas de maconha em terras indígenas, apreensão de quilos e quilos de cocaína e, justamente isso acontece porque o poder público não pode fazer fiscalização nessas áreas”, detalhou ao dizer que as ONGs lucram com a miséria do povo indígena.