Após repercussão negativa, PGR diz que não investiga seguidores
Subprocurador Carlos Frederico Santos pede ao STF os dados de quase 70 milhões de seguidores de Bolsonaro
Após a repercussão negativa do pedido do subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, que solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) dados de identificação de quase 70 milhões de seguidores de Jair Bolsonaro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu nota alegando que os internautas não serão investigados.
“Essas pessoas não estão sendo investigadas nem terão seus dados expostos. O objetivo do pedido é obter informações que permitam avaliar o conteúdo e a dimensão alcançada pelas publicações do ex-presidente em relação aos fatos ocorridos em 8 de janeiro nas redes sociais”, diz trecho da nota.
De acordo com o subprocurador, seria impossível investigar todos os seguidores. Ele afirmou ainda que “só há um investigado neste caso: o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro”.
Desde que se tornou público, o pedido do subprocurador tem causado polêmica e discussão sobre o alcance da decisão e a proteção dos dados das pessoas, já que nem todos os seguires são necessariamente apoiadores do ex-presidente. Há quem siga, por exemplo, por motivação profissional e acadêmica.
Jair Bolsonaro conta com 25,2 milhões de seguidores no Instagram, 11,4 milhões no Twitter, 15 milhões no Facebook, 6,47 milhões no YouTube, 5,5 milhões no Tiktok e outros 426 mil no LinkdIn.