ANJ repudia ataque contra editora de política; Sindicato dos Jornalistas se cala
ANJ repudiou ataques sofrido por Andreza Matias, do Estadão
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) divulgou nota de repúdio aos ataques sofridos pela editora de política Andreza Matias e o jornal O Estado de São Paulo pela divulgação das agendas de Luciane Farias, conhecida como “dama do tráfico”, com membros do governo Lula.
“O uso de métodos de intimidação contra veículos e jornalistas não se coaduna com valores democráticos e demonstra um flagrante desrespeito à liberdade de imprensa. Também evidencia uma prática característica de regimes autocráticos de, com o apoio de dirigentes políticos, sites e influenciadores governistas, tentar desviar o foco de reportagens incômodas por meio de ataques contra quem as apura e divulga”, diz trecho da nota.
Desde a revelação da agenda da “dama do tráfico” no Ministério da Justiça, recebida no gabinete de um assessor do ministro Flávio Dino, a jornalista tem sofrido ataques nas redes sociais. São xingamentos, ameaças e invalidação do trabalho da profissional instigados até por políticos e membros do governo.
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), que até divulga relatório anual de violência contra jornalistas, se calou e não divulgou qualquer nota de apoio ou repúdio.
Leia a nota na íntegra
A ANJ acompanha com preocupação e manifesta seu repúdio às tentativas de intimidação contra O Estado de S.Paulo e sua editora de Política, Andreza Matais, depois de o jornal ter divulgado o acesso da mulher de um líder do crime organizado no Amazonas a gabinetes do Ministério da Justiça.
O uso de métodos de intimidação contra veículos e jornalistas não se coaduna com valores democráticos e demonstra um flagrante desrespeito à liberdade de imprensa. Também evidencia uma prática característica de regimes autocráticos de, com o apoio de dirigentes políticos, sites e influenciadores governistas, tentar desviar o foco de reportagens incômodas por meio de ataques contra quem as apura e divulga.
A ANJ espera que tais métodos de intimidação, sobretudo contra jornalistas mulheres já empregados no passado recente, cessem imediatamente, em nome do respeito à liberdade de imprensa e à livre atuação do jornalismo e dos veículos de comunicação.
Brasília, 20 de novembro de 2023.
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE JORNAIS – ANJ