Meio ambiente

AM: Após 132 dias de queda, nível do Rio Negro volta a subir

Chuvas previstas para semana devem colaborar com a elevação do nível das águas

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A baixa das águas começou em 17 de junho, segundo o Porto de Manaus (Foto: Semcom)

O Rio Negro subiu 17 centímetros e atingiu uma cota elevada de 12, 87 metros na segunda-feira (30). Segundo os pesquisadores no porto público de Manaus, Amazonas. O rio registrou a pior seca em 121 anos de medição, no dia 16 de outubro deste ano, ao atingir 13,59 metros. 

A baixa das águas, em 2023, começou em 17 de junho, segundo o Porto de Manaus, e assim continuou por 132 dias. 

Na última sexta-feira (27), foi visto que a cota estabilizou em 12,70 metros, e no sábado e domingo, o rio Negro subiu 10 centímetros, e outros 7 na segunda-feira (30), o que elevou a cota para 12,87 metros. 

A pesquisadora em Geociências do Serviço Geológico do Brasil, Jussara Cury, explicou que o aumento do nível ter se estabilizado nos últimos dias não significa o fim da vazante. 

De acordo com a Cury, as águas subirão lentamente, já que as chuvas isoladas estão contribuindo para o atual nível do rio. 

“Esse processo de recuperação vai ser um pouco lento, porque os níveis estão muito baixos e precisamos observar que, no momento, essas contribuições são resultadas das chuvas dessas regiões isoladas, ainda não são chuvas distribuídas ao longo da bacia, são chuvas concentradas em regiões de cabeceiras”, ressaltou Jussara. 

O volume das chuvas previstas para semana que vem vai colaborar mais ainda com a subida do nível das águas, principalmente na capital amazonense. 

“Nesta semana, temos previsão de chuvas abaixo da média nas duas bacias, mas na semana seguinte, haverá chuvas concentradas, tanto na bacia do Solimões quanto na bacia do Negro, e chuvas distribuídas até a região de Manaus, o que pode contribuir para essa estabilidade do processo da vazante como um todo”, alertou Jussara Cury. 

Até as 14h de domingo (29), havia 60 municípios em situação de emergência, 02 cidades em alerta, nenhum em atenção e nenhum em normalidade. De acordo com o Boletim da Estiagem, o Amazonas tem 618 mil pessoas afetadas até o momento pela seca severa, ou 154 mil famílias. 

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