Agente do Detran nega ter espancado motorista
André Vinicius nega agressão e diz que foi intencionalmente atropelado
O agente do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) André Vinicius Bastos Coutinho negou ter agredido um motorista após uma colisão, registrada em boletim de ocorrência no início da semana e noticiada pelo Diário do Poder.
De acordo com o agente, a versão contada pelo motorista e registrada na delegacia, é “descabida”. André Vinicius diz que foi atropelado intencionalmente quando o motorista agredido tentou deixar o local do acidente.
Motorista registrou boletim de ocorrência após acidente de trânsito e diz que foi agredido por agente do Detran
No relato enviado à redação, André Vinicius diz ter recebido solidariedade de pedestres que presenciaram o evento.
No entanto, ao contrário da versão do motorista (veja reprodução abaixo), a versão do agente não é corroborada por testemunha no boletim de ocorrência.
“Desta vez eu entrei para a estatística. Fui vítima de sinistro e estou afastado das minhas funções devido às várias lesões do atropelamento constatadas em laudo do IML e em laudo de atendimento médico hospitalar, confirmando os ferimentos na cabeça, fratura no punho, lesões nos braços e pernas; além do dano material”, diz André Vinicius.
Boletim de ocorrência traz versão da vítima e de testemunha, além dos fatos narrados pelo agente do Detran
Nesta quinta-feira (24), o Diário do Poder publicou matéria com a denúncia de um motorista que foi vítima de agressão por parte de André Vinicius. Inicialmente, diz o denunciante, o agente de trânsito teria se identificado como policial e se negado a mostrar a identidade funcional. Ao tentar deixar o local do acidente e se dirigido à delegacia de polícia, o motorista diz que foi agredido. Como consequência da agressão, segue o relato, a vítima precisou se submeter a uma cirurgia para não perder a visão de um olho.
Toda a confusão foi registrada em boletim de ocorrência (veja abaixo). O Detran-DF também se manifestou e disse que o agente estava de folga no momento da confusão e que o órgão não coaduna com atos de violência. O Detran também destacou que vai seguir com as ações administrativas adequadas à medida que forem apurados os fatos e as responsabilidades dos envolvidos.