Acusado de receber propina da OAS, Marinho será ministro do Trabalho
Empreiteiro disse que o pagamento de propinas superou os R$20 milhões
O petista Luiz Marinho deve ser o próximo ministro do Trabalho. Deputado Federal eleito, o convite já teria sido feito pelo futuro presidente Lula e aceito por Marinho, velho conhecido de escândalos de corrupção e acusado de receber propina de R$20 milhões da empreiteira OAS.
Os petistas se conhecem de longa data. Além de ex-sindicalista, Luiz Marinho já comandou a pasta do Trabalho e Emprego e o Ministério da Previdência, as duas cadeiras na gestão de Lula.
Luiz Marinho é filiado ao PT desde a década de 80, partido que permanece até hoje. Comandou a Prefeitura de São Bernardo do Campo (SP) entre 2009 e 2017. Nas últimas eleições, foi eleito deputado federal por São Paulo.
Em 2021, a CPI da OAS, que funcionou na Câmara Municipal de São Bernardo do Campo, recomendou o indiciamento de Marinho. No relatório final da CPI, os vereadores concluíram que houve corrupção e enriquecimento ilícito.
A decisão da Câmara se embasou no depoimento do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, que afirmou ter conhecimento de pagamentos de propina na gestão de Marinho. Pinheiro disse que o valor superou os R$20 milhões.