Negócio milionário

Vice da Fecomércio-DF intermediou venda de imóvel ao Senac por R$74 milhões

Ovídio Maia Filho não vê conflito de interesses ou desvio ético na transação milionária

acessibilidade:
O corretor de imóveis Ovídio Maia Filho, vice-presidente da Fecomércio-DF, confirmou haver intermediado a venda de imóvel no valor de R$74 milhões para o Senac, órgão subordinado à federação.

O vice-presidente da Federação do Comércio do Distrito Federal (Fecomércio-DF), Ovídio Maia Filho, que atua no setor imobiliário, intermediou a venda de um prédio no valor de R$74 milhões para o Senac, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, órgão subordinado à estrutura da federação.

Candidato a presidente da mesma Fecomércio-DF, Ovídio Maia Filho não vê conflito ético no negócio que faz jus a uma gorda comissão estimada em R$6 milhões por fontes do mercado imobiliário.

Ele confirma haver recebido dinheiro do vendedor, ou seja, do antigo dono do imóvel, e considera tudo isso muito normal, ainda que os recursos tenham saído dos cofres do Senac-DF.

Para Maia Filho, “não houve ilegalidade”, tampouco conflito de interesses. O vice-presidente da Fecomércio-DF ressalta não haver recebido “qualquer valor” diretamente do Senac-DF. “Não vislumbro qualquer desvio ético”, insistiu ele, ao ser questionado pelo Diário do Poder.

“A escolha se deu entre diversos imóveis apresentados e não exerci poder de decisão da compra”, garante o empresário, que é proprietário da empresa Ovidio Maia Imóveis Ltda. “O Senac fez sua escolha em razão do melhor custo/benefício”, afirmou.

Segundo Maia Filho, “essa opção veio a ser submetida ao conselho do próprio Senac-DF, o qual (sic) não tenho vínculo, que a aprovou sem qualquer ressalva. E, mais, a transação, por exigência estatutária, também foi submetida à Confederação Nacional, que a referendou”.

Veja a reprodução a anotação em cartório da venda milionária ao Senac-DF:

De acordo com a atual legislação eleitoral brasileira (resolução TSE 23.610/2019), sites de notícias podem ser penalizados pelos comentários em suas publicações. Por esse motivo, decidimos suprimir a seção de comentários até o fim do período eleitoral.