Legado de desenvolvimento

Usina Cucaú celebra 130 anos como gigante na geração de emprego e renda de Pernambuco

Atividade da indústria sucroenergética impacta a vida de cerca de 20 mil trabalhadores

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Parque industrial da Usina Cucaú em Rio Formoso (PE). Foto: Reprodução InfoCucaú

Um antigo engenho encravado a 98 km do Recife, no município de Rio Formoso, converteu-se, ao longo de 130 anos, em uma das maiores geradoras de emprego e renda de Pernambuco. Trata-se da Usina Cucaú, nascida no primeiro trimestre de 1891, nas terras de mesmo nome por meio da Companhia Geral de Melhoramentos, na Zona da Mata Sul pernambucana. Atividade da indústria sucroenergética impacta a vida de cerca de 20 mil trabalhadores.

Ao celebrar a secular trajetória de desenvolvimento que acompanha a região desde a instalação da usina, é necessário destacar a intensa produção agrícola e industrial que ocorre na Usina Cucaú entre os meses de setembro e março, quando caminhões não param de chegar para descarregar toneladas de cana-de-açúcar, que
se transformam, sobretudo, em açúcar e etanol.

A capacidade de processamento da Usina Cucaú é de aproximadamente 11 mil toneladas de cana por dia. Além da colheita e produção, é feito o plantio de verão na área agrícola. A produção nesses meses é de 24h, dividida em três turnos. Período em que cerca de cinco mil trabalhadores são empregados diretamente em Cucaú. Outros 15 mil empregos indiretos são gerados na região.

“Uma grande importância da Usina Cucaú é que ela gera emprego e renda para diversas cidades, como Rio Formoso, Gameleira, Ribeirão, Escada, Sirinhaém, Tamandaré, Barreiros, e até mesmo na Capital, Recife”, destacou o superintendente da Usina, Fernando Lins.

“Esses empregos alimentam famílias, realizam sonhos e geram renda. Somos uma empresa que fideliza seus funcionários, oferecendo várias oportunidades de crescimento interno”, ressaltou a diretora de gestão de pessoas, Cláudia Dantas.

Apesar de um trabalho mais intenso na safra, Cucaú não para nenhum dia do ano. Nos meses de abril a agosto, período de entressafra, acontece o plantio de inverno. A cana plantada nesse momento é colhida 16 a 18
meses depois. Além disso, nesses meses, é feito um trabalho para manter o canavial limpo de pragas e ervas daninhas. Na indústria, é feita a revisão e manutenção dos equipamentos. Ao todo, são cerca de 3.200 empregos diretos gerados no período.

Usina Cucaú une modernidade ao ser humano para produzir. Foto: Reprodução/ InfoCucaú

Moderna e humana

Em Cucaú, o processo de plantio é misto, feito por máquinas e também manualmente. As máquinas preparam
o solo e as pessoas fazem a distribuição das mudas. Por possuir a melhor topografia na Mata Sul – que se caracteriza por menos relevos e áreas mais planas -, a Usina quer inovar na safra 2021/2022.

“A partir de setembro queremos começar a colheita 10% mecanizada, que é possível nas áreas planas. Temos 40% de área para fazer mecanizada e estamos preparando 10% para começar essa novidade. Até então,
a colheita é toda feita manualmente”, disse o gerente agrícola, Jorge Dutra.

Com todas essas demandas nas áreas agrícola e industrial, Cucaú é uma usina que tem uma estrutura autossustentável, com colaboradores que atuam sempre que necessário. “Na própria Usina há colaboradores de várias profissões, como pintores, encanadores e eletricistas. Eles ficam atentos a fazer quaisquer ajustes nos equipamentos e infraestrutura da empresa”, explicou o gerente administrativo, Jorge Dubeux.

Usina Cucaú preza pela preservação ambiental e ações sociais. Foto: Reprodução InfoCucaú

Responsabilidade social e ambiental

Desde a gestão de Armando de Queiroz Monteiro, a Usina Cucaú preza pela conservação ambiental e a valorização social, quando o empresário viu a necessidade da construção de um posto de saúde, bem como garantir alfabetização dos filhos dos funcionários, moradores da Vila Cocaú, vizinha do parque industrial.

Armando criou uma escola-sede perto da fábrica, além de outras 35 situadas nos engenhos de propriedade de Cucaú. E a Usina continua a valorizar os projetos nessas áreas.

Em 2003, Cucaú criou o programa Guardiões da Natureza, para educação para a preservação ambiental junto com as crianças nas escolas e com todos os colaboradores da Usina. Nas escolas, a técnica e a consultora ambiental realizam atividades teóricas na sala de aula e práticas nas próprias matas do empreendimento.

No projeto Guardiões da Natureza, também foi criado um viveiro nas terras de Cucaú.

Ilustração: InfoCucaú

A Usina também tem uma área destinada à coleta seletiva. “Tudo tem a sua destinação correta. O lixo contaminado é levado para o Centro de Tratamento de Resíduos Sólidos Industriais, em Igarassu. E os resíduos não contaminados são destinados a cooperativas”, contou a analista ambiental da Usina, Daniele Cristina.

Ao prezar pelo meio ambiente, Cucaú também é autossustentável em energia através do bagaço da cana-de-açúcar. “Todo o processo de produção na indústria é autossuficiente, pelos geradores e caldeiras que trabalham a partir do bagaço da cana. É uma forma de proteção ambiental”, contou o gerente industrial, Orlando Capeleiro.

História

Formada por um grupo de franceses, a Companhia Geral de Melhoramentos também celebra 130 anos neste ano de 2021, e tinha o objetivo de entrar em contato com a estrutura ferroviária da região. Mas decidiu ir além e adquiriu o Engenho Cucaú. O que de fato que estava sendo construído naquele momento o que é hoje uma das maiores geradoras de emprego e renda no Estado.

Locomotiva simboliza legado histórico da Usina Cucaú para Pernambuco. Foto: Reprodução InfoCucaú

O projeto de desenvolvimento da Usina Cucaú ganhou forma e impulso quando entrou em nova fase, a partir de 1943, ano em que o empresário Armando de Queiroz Monteiro adquiriu o empreendimento.
Armando assumia o desafio de modernizar e fazer de Cucaú uma das maiores produtoras de açúcar de Pernambuco. E esse sonho passou do pai para seus filhos Armando, Múcio e Rômulo, a partir de 1989, quando o empresário faleceu.

Cada um da sua forma acrescentou história e desenvolvimento à Usina. O primogênito, Armando Monteiro Filho, liderou a diversificação dos negócios ocorrida entre os anos 1960 e 1990. Rômulo Monteiro contribuiu para que o parque agroindustrial se consolidasse. E Múcio Monteiro teve participação profícua até março de 1972, quando faleceu precocemente em acidente de avião.

A partir de 2000, uma nova transformação ocorreu em Cucaú. Foi quando o empresário Eduardo de Queiroz Monteiro, presidente do Grupo EQM e filho de Armando Monteiro Filho, assumiu o controle acionário da Usina.

A nova gestão modernizou ainda mais a empresa como um todo, expandindo sua produção e estabelecendo uma ampla reforma administrativa que a reposicionou no setor sucroenergético. Em 2021, quando se comemoram os 130 anos da Usina Cucaú, e sob o comando de Eduardo Monteiro, o que se vê é uma usina robusta, geradora de empregos em toda a região, fabricante de vários produtos originados da cana-de-açúcar e com projetos e ações que valorizam a preservação ambiental e o desenvolvimento social. (Com informações do InfoCucaú)

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