Máfia da merenda

Tucano é eleito presidente da CPI da Merenda

Marcos Zerbini comandará investigação sobre máfia da merenda

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A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) elegeu nesta quarta-feira, 22, o deputado tucano Marcos Zerbini como presidente da CPI da Merenda, que vai investigar as suspeitas de desvio de recursos em contratos do governo Geraldo Alckmin (PSDB) e prefeituras paulistas com fornecedores de alimentação escolar.

O deputado Adilson Rossi (PSB) foi escolhido o vice-presidente da comissão, que tem oito dos nove membros na base governista.

O deputado Alencar Santana (PT), único da oposição a integrar a CPI, candidatou-se às duas vagas, mas obteve apenas o próprio voto. O líder da bancada petista, Zico Prado, disse que vai acionar a Justiça para que o partido tenha mais uma cadeira na Comissão, composta por 9 parlamentares. "Não foi respeitado o princípio da proporcionalidade nesta Casa. Não só o PSDB, mas também o PT tem direito a duas vagas", disse.

O deputado Carlos Gianazzi (PSOL) também criticou a composição da CPI. “Com essa formação na comissão a Assembleia vai reproduzir seu histórico de blindagem para não investigar os escândalos de corrupção, desvios e pagamentos de propina nos governos do PSDB”, disse.

Na próxima terça-feira, a CPI da Merenda volta a se reunir às 10h para aprovar os primeiros requerimentos e escolher o relator da comissão, que ficará encarregado de redigir o relatório final da investigação. O deputado Delegado Olim (PP) é um dos cotados para a função. Membros do PSDB, porém, defendem a indicação de Estevam Galvão (DEM). A CPI tem prazo de 120 dias e as sessões devem ocorrer durante o recesso parlamentar de julho.

O presidente da Alesp, Fernando Capez (PSDB), é um dos investigados pela Operação Alba Branca, da Polícia Civil e da Ministério Público Estadual (MPE), que descobriu um esquema de superfaturamento e pagamento de propina em convênios da Secretaria da Educação com a Coaf para o fornecimento de suco de laranja para merenda no Estado e municípios paulistas.

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