Pediu punição máxima

TSE suspende sessão após relator votar contra Bolsonaro

Posição de Benedito Gonçalves não surpreendeu ninguém em Brasília

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Sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) - Foto: Alejandro Zambrana//TSE

Após o posicionamento do relator, que se sabia pediria a condenação e a decretação de inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi suspenso e será retomado na quinta-feira (29).

Faltam os votos dos ministros Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Nunes Marques e o presidente do Tribunal, Alexandre de Moraes.

O relator, ministro Benedito Gonçalves, amigo do atual presidente Lula (PT), inimigo de Bolsonaro, votou pela condenação. O TSE julga uma ação na qual o PDT acusa Bolsonaro de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A legenda contesta a legalidade da reunião realizada pelo ex-presidente com embaixadores em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação.

No primeiro dia de julgamento, a defesa de Bolsonaro alegou que a reunião não teve viés eleitoral e foi feita como “contraponto institucional” para sugerir mudanças no sistema eleitoral.

De acordo com o advogado Tarcísio Vieira de Carvalho, que foi ministro do TSE, a reunião ocorreu antes do período eleitoral, em 18 de julho, quando Bolsonaro não era candidato oficial às eleições de 2022. Dessa forma, segundo o defensor, caberia apenas multa como punição, e não a decretação da inelegibilidade.

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