Método do TSE imita ditadura da Nicarágua, afirma Bolsonaro
Para o ex-presidente da República ninguém 'entende o motivo' pelo qual o TSE o julgou inelegível
O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, falou à imprensa, nesta terça-feira (12), durante evento do Partido Liberal (PL), sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível.
“Ninguém entende o motivo da inelegibilidade. Reunir com embaixadores? Falar de urnas eletrônicas? Sempre defendi o voto impresso, desde 2012. Isso é questão de inelegibilidade ou julgamento politiqueiro? É politiqueiro”, afirmou.
E continuou: “alguns falam: o clima, o humor do TSE não está favorável. Ué, é assim que deve se comportar um juíz? Se eu não gosto de você, eu voto contra?”.
O ex-presidente da República pregou que a decisão “em nome da Justiça, para valer, tem que ser revertida. Vamos esperar o tempo passar, para ver como fica essa situação. Agora, o método adotado pelo TSE e o Lula é o método da Nicarágua de, simplesmente, tornar inelegível ou prender os opositores ao sistema”.
A ditadura da Nicarágua, liderada por Daniel Ortega, tem como práticas comuns o confisco de bens dos opositores, tortura, cerceamento de direitos individuais e políticos, entre outras violações.
O líder da ditadura na Nicarágua, Daniel Ortega é amigo do presidente da República do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva. Durante a campanha eleitoral, Lula negou vínculo com Ortega. Mas após eleito propôs ao Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) o estabelecimento de um ‘diálogo construtivo’ com o regime do país.