Desatino

Governo repete Dilma e altera política de preços da Petrobras

Mudança pode desvalorizar ações, prejudicando inclusive o próprio governo

acessibilidade:
Sede da Petrobras, no Rio de Janeiro. Foto: Agência Brasil/Arquivo
Sede da Petrobras. (Foto: Agência Brasil/Arquivo).

O governo Lula 3 resolveu assumir suas verdadeiras feições, de “Dilma 3”, e fez a Petrobras anunciar, nesta terça-feira (16), alterações na política de preços da empresa com medidas e conceitos muito parecidos com aqueles do governo Dilma Roussef, que levou a empresa praticamente à ruína, transformando-se na mais endividada do mundo.

Com isso, foi anunciado o “abrasileiramento” dos custos da Petrobras, como se uma petroleira pudesse ignorar o mercado internacional, e o fim da paridade com o dólar e os preços praticados em todo o mundo, tanto no petróleo quanto nos combustíveis como gasolina e diesel.

Antes mesmo da abertura da bolsa de valores, o chamado “pré-mercado” sinalizava queda no valor das ações da empresa.

A depender da extensão dos prejuízos aos acionistas, poderá haver consequências na Bolsa de Valores de Nova York, onde são rigorosas as regras de proteção aos investidores de prejuízos causados pela gestão irresponsável das empresas listadas.

Entre os mais prejudicados estão milhares de trabalhadores que, convidados pelo governo do PT, investiram seu FGTS em ações. Mas também a União, representada pelo governo federal, perde em receita no seu quinhão de mais da metade dos dividendos distribuídos.

Comunicado confuso

As medidas adotadas pela Petrobras foram comunicadas em comunicado de redação confusa, ainda sob exame.

“Os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida”, informou a direção da Petrobras em nota, “evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.

A nova “estratégia comercial” usa duas referências de mercado: o “custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação”, e o “valor marginal para a Petrobras”.

“O custo alternativo do cliente contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos”, explica o comunicado da Petrobras.

Já o “valor marginal”, segundo a petroleira, é “baseado no custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino”.

Reportar Erro