Deputado diz não trocar ‘genocida’ por ‘ladrão nove dedos’
De volta às redes sociais, Otoni de Paula (MDB-RJ) diz fazer oposição propositiva
Depois de dois anos sem redes sociais e após deixar um cenário ‘terrivelmente bolsonarista’ para compor o MDB, no Rio de Janeiro, o deputado Otoni de Paula falou ao Diário do Poder sobre a configuração política em que se enquadra atualmente. “Eu não acho que seja uma nova postura, eu acho que esse sou eu, eu acho que talvez tenha sido, em algum momento, consumido pela guerra. Eu era um soldado na frente da batalha e a minha missão era a de proteger o ex-presidente da república”, elencou.
E completou: “Então qualquer tiro que vinha sobre ele, o meu comportamento era me colocar a frente ali. Então talvez eu tenha errado a mão com um comportamento mais beligerante”.
Sobre a atual polarização política do Brasil, Otoni considera que “a gente não vai conseguir mudar a nação nesse nível de guerra que nós vivemos lá atras, e que nós ainda estamos vivendo uns resquícios dela. Acho que a maioria como brasileiro precisa respirar a paz, querer a paz entre os poderes, e querer que a democracia seja plenamente respeitada”.
Perguntado sobre o estilo da oposição que faz ao governo Lula, o carioca é ‘categórico’. “Não farei a oposição que eu critico, que tanto a esquerda fez durante 4 anos com o presidente Bolsonaro. Eu não posso trocar agora o ‘genocida’ pelo ‘ladrão de nove dedos’, entendeu? Porque eu vou estar fazendo o que eles fizeram”.
Pretenso candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, Otoni lamenta que, nas palavras dele, o estado esteja envolto ‘’por uma corrupção quase endêmica”.
“Apesar do Supremo ter tomado a decisão dessa derrubada de todas essas delações envolvendo a Odebrecht, uma coisa é a decisão que o ministro Toffoli tomou e que devemos respeitar, e outra coisa, e tomou por uma visão técnica. Mas a realidade é que houve uma delação e que o povo sabe o que aconteceu”, arrematou.