Ciro Gomes alfineta o irmão Cid sem o citar e diz que ‘não aceita suborno’
A relação entre os irmãos Gomes está deteriorada desde a corrida presidencial de 2022
O ex-governador e ex-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT), fez uma declaração polêmica durante a convenção do PSDB cearense, afirmando que a ala dele do PDT não “aceita suborno”.
O evento conduziu o vice-prefeito de Fortaleza, Élcio Batista, ao comando da sigla tucana no estado. Ciro também sinalizou apoio ao PSDB local e ao ao ex-senador Tasso Jereissat.
“O Ceará, Fortaleza, precisa muito do Tasso Jereissati e do PSDB. E contem conosco, contem conosco, porque esse pedaço do PDT que tá aqui não aceita suborno”, declarou Ciro.
A fala de Ciro ocorre em meio a uma disputa com o irmão do ex-governador, o senador Cid Gomes (PDT-CE), sobre o apoio ao governador Elmano de Freitas (PT). Ciro prefere que o partido seja oposição, enquanto Cid defende uma aliança com o PT.
A relação entre os irmãos se deteriorou durante a corrida presidencial de 2022.
Recentemente, uma reunião nacional do partido decidiu intervir na disputa entre os irmãos no Ceará, o que levou Cid a ameaçar deixar o partido. A disputa também envolve divergências sobre as alianças para as eleições municipais do próximo ano.
A situação se complicou quando o deputado federal André Figueiredo (PDT-CE), com o apoio de Ciro, destituiu a Executiva do Ceará. Isso levou a uma série de manobras judiciais e intervenções da Executiva Nacional.
Nesta segunda-feira (30), a crise no PDT do Ceará ganhou novos contornos quando o deputado estadual Evandro Leitão, conseguiu autorização do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará para se desfiliar do partido sem perder o mandato. A decisão da Justiça Eleitoral foi unânime.
O parlamentar, que preside a Assembleia Legislativa, alegou que sofria perseguição dentro do partido. Leitão disse que disputou o pleito de 2022 sem receber repasses do fundo eleitoral.