Alvo da Lava Jato

Cunha ironiza Dallagnol cassado: ‘tchau, querido’

Expressão de Lula foi popularizada no impeachment de Dilma, em 2016

acessibilidade:
Ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. Foto: Arquivo EBC
Ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. Foto: Arquivo EBC

O ex-presidente da Câmara e ex-deputado Eduardo Cunha, atualmente filiado ao PTB, ironizou com um “tchau, querido” o ex-procurador Deltan Dallagnol, cujo mandato de deputado federal pelo Podemos-PR foi cassado pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Apesar da tecnicalidade alegada para cassar o mandado parlamentar, a decisão do TSE não surpreendeu os meios políticos e jurídicos em Brasília, que assistem a uma espécie de caçada à própria Operação Lava Jato e a seus integrantes.

A expressão “tchau, querida” foi popularizada pelos adversários da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ao final do processo que resultou em seu impeachment. Reproduz expressão usada pelo então ex-presidente Lula durante telefonema a Dilma, grampeado por ordem judicial.

Aquela conversa, encerrada com um “tchau, querida”, ocorreu em março de 2016, no dia em que Dilma nomeou Lula ministro da Casa Civil na tentativa malandra de garantir a ele foro privilegiado, numa manobra para escapar da prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

Eduardo Cunha foi o presidente da Câmara que acolheu um dos muitos pedidos de impeachment de Dilma, determinando a abertura do processo que a afastou do cargo e cassou-lhe o mandato, em 31 de agosto de 2016. Na repercussão do caso, setores da oposição difundiram a expressão “tchau, querida”.

Ele foi preso pela Lava Jato em 2016 e condenado a mais de 14 anos por “corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas”. Em março de 2020, auge da pandemia, passou a cumprir prisão domiciliar. Em 2020, o carioca Eduardo Cunha foi candidato a deputado federal por São Paulo, obtendo 5.044 votos. Sua filha, Dani Cunha, foi eleita deputada federal pelo Rio de Janeiro com 75.810 votos.

Reportar Erro