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Ainda no palanque, Lula ataca Bolsonaro e chama gasto de ‘investimento’

Discurso derruba a bolsa e prejudica a Petrobras, "derretendo" suas ações

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Baixo reajuste do salário mínimo e isenção do IR são exemplos de promessas não cumpridas - Foto: reprodução de vídeo.

O presidente eleito Lula (PT) fez no fim da manhã desta quinta-feira (10) um discurso dirigido ao próprios eleitores e não a todos os brasileiros, como chegou a prometer que o faria, adotando um clima de quem ainda não desceu do palanque eleitoral.

Em seu pronunciamento diante de jornalistas e a parlamentares que o apoiam, na sede do governo de transição, ele o petista atacou seu principal adversário, o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), e promete devolver “civilidade” ao governo.

Prometeu, entre outras coisas, castigar nos gastos públicos, avisando que chama isso de “investimento”, sem esclarecer como a conta de despesas além da arrecadação será fechada.

Lula também atacou a política de distribuição de dividendos da Petrobras aos acionistas, sendo o maior deles o próprio governo, revelando uma visão distorcida dessa prática do mercado de remunerar o dinheiro dos investidores. Afinal, investimento não é doação.

Demonstrando não saber o que falava, ele chegou a acusar a Petrobras a distribuir “mais de 50 bilhões de dólares” em dividendos. A moeda é o Real.

A fala de Lula provocou imediato reflexo na Bolsa de valores, derrubando principalmente as ações da Petrobras e provocando prejuízos à estatal.

Ele avisou também que não haverá privatizações de empresas estatais em seu governo e voltou a mostrar visão distorcida dos bancos oficiais, ao afirmar que voltarão a ser “bancos de investimento”.

Como várias vezes fez durante sua campanha eleitoral, o presidente eleito prometeu priorizar os mais pobres, com programas de transferência de renda e financiamento da educação, e se emocionou ao se referir ao tema.

 

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