Homenagem

Advogados querem dar o nome de Reginaldo a sede nacional da OAB

Edifício foi obra da gestão do falecido ex-presidente nacional da Ordem

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Projetada por Oscar Niemeyer, a sede da OAB Nacional foi construída na gestão de Reginaldo de Castro.

Falecido nesta sexta-feira (3), em São Paulo, o advogado Reginaldo Oscar de Castro poderá ser homenageado com a designação do seu nome para o edifício-sede em Brasília da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que presidiu.

O corpo de Reginaldo chega neste fim de semana a Brasília, e será velado no prédio que construiu durante a sua gestão de presidente nacional da entidade. O prédio foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer.

Vários advogados, como os ex-presidentes nacionais Cezar Britto e Ophir Cavalcante, já iniciaram campanha no sentido de que o prédio do Conselho Federal seja batizado com seu nome.

Ex-presidente nacional da OAB Reginaldo de Castro.

Para o ex-presidente nacional da OAB Cezar Britto, Reginaldo de Castro “foi o primeiro presidente nacional com vínculo direto com Brasília, ainda que nascido em Goiás (quando a nossa capital ainda era um pedaço daquele belo Estado). Depois foi o grande construtor da nossa sede, o seu grande orgulho, um projeto doado por Oscar Niemayer. Como sou de História, seria interessante colocar o nome dele na sede da OAB Nacional.”

Ophir Cavalcante, também ex-presidente da OAB Nacional, afirmou: “ainda imerso em profunda tristeza apoio de forma incondicional o nome do Reginaldo Oscar de Castro para o edifício-sede do Conselho Federal da OAB. A homenagem resgata a nossa história e faz justiça a quem é merecedor”.

Considerado no meio jurídico como um dos melhores presidentes que o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) já teve em sua história, Reginaldo Oscar de Castro, 81 anos completados no último dia 13 de outubro. Nascido em Anápolis (GO), Reginaldo residiu na capital da República desde a inauguração da capital em 1960. Sua inscrição na OAB-DF tem o número 767.

O imponente prédio onde funciona o Conselho Federal em Brasília – denominado “Reginaldão – foi construído e inaugurado em sua gestão, sem verba pública, com recursos apenas dos advogados e com o metro quadrado mais barato da história da cidade. Ele sempre se vangloriava, e com razão, que o prédio da entidade não usou um único centavo público e é considerada a obra com o menor metro quadrado da história da capital da República.

Inúmeros advogados e magistrados de todo o país manifestaram muita tristeza com a morte de Reginaldo de Castro:

Ministro Lélio Bentes, presidente do TST – “Triste notícia. Mais um gigante da luta pela democracia nos deixa. Que Deus o acolha e conforte seus familiares.”

Ministro Humberto Martins, ex-presidente do STJ e da OAB de Alagoas – “Perde a OAB e o Brasil um notável jurista,advogado e defensor intransigente do estado democrático de direito! Exemplo de ética,de honradez e de elevado espírito público! De luto a advocacia e a cidadania brasileira! Nossas homenagens a Reginaldo Oscar de Castro ! Deus é o Senhor do tempo,com certeza,dará o conforto devido aos seus familiares e amigos.”

Ministra Maria Elizabeth, ex-presidente do STM – “Grande perda. Muito triste.”

Advogado José Perdiz, presidente do STJD – “Grande perda. Ano muito difícil. Perdas de grandes nomes do Direito, como o Reginaldo de Castro e os presidentes do STF, ministro Sepúlveda Pertence e Moreira Alves.”

Advogado Afranio Melo, ex-presidente do TRT da Paraíba e ex-presidente da OAB-PB – “O Brasil perde um grande homem. Excelente advogado, homem probo e sobretudo corajoso. Foi um dos maiores presidentes da OAB nacional. Deixa um exemplo de como um homem público deve se comportar, com decência e dignidade. O ROC, como chamávamos na intimidade, fará muita falta.”

Advogado José Mário Porto, ex-presidente da OAB da Paraíba – “A advocacia brasileira hoje ficou desfalcada de uma grande liderança. Nos deixou Reginaldo Oscar de Castro, ex-presidente do Conselho Federal da OAB , um grande advogado e um líder inconteste que soube defender com muita coragem e altivez as bandeiras de nossa instituição. Descanse em paz nosso eterno Presidente.”

Advogado Paulo Roberto de Gouvêa Medina – “Triste noticia. Convivemos no Conselho Federal da OAB desde quando ele , mais novo do que eu, ali representava o estado de Goiás. Paz à sua alma e conforto à família.”

Advogado José Murilo Procópio, vice-presidente do Atlético Mineiro – “Grande liderança dos advogados brasileiros. Fui conselheiro federal da OAB no tempo dele na presidência da OAB. Vai deixar saudades.”

Advogado Marcelo Ribeiro, ex-ministro do TSE – “Meu amigo desde 1982, Reginaldo foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil. Foi por suas mãos que comecei a minha carreira no Eleitoral, em 1989. Advogado lutador, vai fazer muita falta! Perde muito a advocacia brasileira!”

Advogado Rodolfo Hans Geller – “Triste. Lamentável. Uma perda muito grande para todos nós. Mas a vida é assim mesmo, como nos legou os dizeres do grande Ruy Barbosa quando profetizou que “a vida não tem mais que duas portas: uma de entrar, pelo nascimento; outra de sair, pela morte. Ninguém, cabendo-lhe a vez, se poderá furtar a entrada. Ninguém, desde que entrou, em lhe chegando o turno, se conseguirá evadir a saída. E, de um e de outro extremo, vai o caminho, longo ou breve, ninguém o sabe, entre cujos termos fatais se debate o homem, pesaroso de que entrasse, receoso da hora em que saia, cativo de um e outro mistério, que lhe confinam a passagem terrestre”. Vá em paz e que seus familiares e nós seus amigos, sejamos confortados pelas lembranças de suas realizações na passagem por essa dimensão.”

Advogado Antônio Fernando, desembargador aposentado do TRT de Minas Gerais – “Vão-se os bons, ficam os outros. São os enigmas da vida.”

Advogado Wesson Pinheiro – “Triste notícia! Perdemos um amigo e a OAB perde seu melhor presidente dos últimos 30 anos e um dos melhores de todos os tempos. Sabemos que a morte nos alcançará, mas nos surpreende, sempre, sua presença em nossa vizinhança. Ele faleceu no mesmo dia em que, há 25 anos atrás meu pai, que foi sócio do pai dele, também nos deixou.” (Direito Global)

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