Acusados de xingar de Moraes em Roma devem responder em liberdade
Após terem sido identificados pela Polícia Federal ao desembarcarem no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, neste sábado (15), os acusados pelos xingamentos ao ministro Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma, na Itália, devem responder em liberdade por “crimes contra a honra e ameaça”.
Relatos ainda incompletos dão conta de que tão logo reconheceu Alexandre de Moraes no saguão do aeroporto, a brasileira Andreia Mantovani, com expressão indignada, chamou o ministro do STF e presidente do TSE de “bandido, comunista e comprado”, e teria sido acompanhada nos xingamentos pelo marido, Roberto Mantovani Filho, e o genro Alex Zanatta.
Porém, em entrevista já no Brasil, Roberto Mantovani Filho negou os insultos e afirmou que aguardará as alegações contra ele para apresentar defesa, mas negou ter xingado o ministro do STF.
“O que eu posso falar para você é que eu vi realmente o ministro. Ele estava sentado em uma sala, mas eu não dirigi nenhuma palavra a ele”, disse Mantovani Filho ao jornal Folha.
Ele admitiu ter visto o ministro no aeroporto, mas permaneceu sentado e não se manifestou. E contou que estava com a família, incluindo duas netas, de 4 e 2 anos, ao serem questionados por agentes policiais na chegada ao Brasil, na madrugada de sábado.
Sobre a alegação de que o filho adolescente do ministro teria sido agredido, ele se esquivou: “Isso aí a polícia não perguntou nada a respeito, por isso eu prefiro aguardar para saber do que estou sendo acusado, se minha família sendo acusada de algo”.
De acordo com relatos divulgados sem mencionar a fontes que os confirmem, o filho de 14 amos de Moraes teria sido agredido com um tapa. Há também referências a suposta reação do garoto, diante dos xingamentos ao pai, o que teria elevado o tom da altercação e levado à alegada agressão.
Hoje filiado ao PSD de Gilberto Kassab, Roberto Mantovani Filho foi candidato em 2004 a prefeito de Santa Bárbara do Oeste (SP), pelo PL. Na época, Kassab já não tinha ligações ao PL, ao contrário do que se divulgou. O partido nada tinha com a sua constituição atual. Fundado pelo falecido ex-deputado Alvaro Valle, em 2007 o Partido Liberal acabaria se fundindo ao Prona, de Enéas Carneiro, para a criação do Partido Republicano em 2007. O PR voltaria a se chamar Partido Liberal sob o comando do ex-deputado Valdemar Costa Neto.