Transporte de água potável em caminhões-pipa tem novas regras

A venda de água potável em caminhões-pipa se torna mais rigorosa no DF, após novas regras serem publicadas no Diário Oficial do Distrito Federal, nesta quinta (18). Mudanças foram motivadas pelo aumento da demanda causada pelo racionamento de água na capital.

Agora, donos de caminhão-pipa devem submeter obrigatoriamente o veículo a uma inspeção da Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde. Serão verificadas condições de higiene, transporte e armazenamento da água.

Com a vistoria será emitido um certificado que autoriza o serviço, que pode ser solicitado por fiscais da Vigilância Sanitária durante vistorias de rotina. Caso as condições não sejam cumpridas, o proprietário do caminhão pode perder o documento, ter o direito de transportar água suspenso e pagar multa que varia de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão.

Segundo o diretor da Vigilância Sanitária do DF, Manoel Silva Neto, a intenção do governo com a medida é evitar surtos de doenças provocados pela má qualidade da água. “A água não potável pode trazer elementos que contribuem para doenças como diarreia, hepatite, rotavírus e outras. Nossa intenção é ter a certeza de que a água transportada em caminhão-pipa não colocará em risco a população.”

Horário reduzido

Em outubro do ano passado, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa-DF) restringiu os horários de captação de água por caminhões-pipa no DF, antes disponível durante todo o dia. Com a resolução, a liberação para captar o recurso acontece entre 6h e 14h.

De acordo com a agência, há cerca de 400 caminhões-pipa na capital, com capacidade para captar 10 metros cúbicos de água. Como um caminhão-pipa leva, em média, 30 minutos para ser abastecido, calcula-se uma redução de 50% no uso dos recursos com o controle do horário.

A resolução também estabelece que apenas um veículo poderá usar o ponto por vez. As concessões de novas outorgas estão suspensas por enquanto.