Fim da guerra no estádio

Torcidas organizadas estão impedidas de assistir jogos no Mané Garrincha

Torcidas organizadas Independente e Gaviões não podem ir ao estádio

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As duas torcidas organizadas que provocaram algazarra após jogos no Estádio Mané Garrincha estão suspensas de participar de partidas de futebol na arena. O secretário extraordinário da Copa, Claudio Monteiro, anunciou na tarde desta quarta-feira (28) a proibição da Gaviões da Fiel, do Corinthians, e Independente, do São Paulo, ambas entre as mais violentas do País. Elas perderam o direito de assistir a jogos no estádio com suas camisas, bandeiras, tambores e apetrechos de combate por dois anos. A arbitrariedade é justificada pelas brigas que envolveram as duas organizações e provocou clima de insegurança nos outros torcedores.

Leia a entrevista do secretário de Segurança Pública no Distrito Federal, Sandro Avelar, sobre o controle na entrada e o sistema de segurança no estádio:

Como será feito o controle da entrada nos estádios?

Secretário Sandro Avelar: Atualmente, fazemos acompanhamento dos ônibus das torcidas organizadas e a escolta dos veículos que trazem torcedores de outros estados. O torcedor do São Paulo e do Corinthians, independentemente de fazer parte da organizada, pode até entrar no estádio. Mas a torcida organizada, com suas faixas e uniformes característicos, não será admitida.

E quanto àqueles torcedores violentos que não integram as “organizadas”, como ficará a situação? Não haveria o risco, também, de as “organizadas” entrarem mesmo sem seus uniformes?

Avelar: Também fazemos a identificação de torcedores específicos, que serão impedidos de entrar nos estádios. Alguns torcedores do São Paulo já foram identificados, por exemplo.

O torcedor que não participa de “organizadas” será afetado por essa proibição?

Avelar: Pelo contrário. Vai ser beneficiado. Na medida em que se retiram esses vândalos baderneiros travestidos de torcedores, favorece-se o torcedor do bem, que quer ver seu time do coração com sua família.

Por que só as torcidas organizadas do São Paulo e do Corinthians são alvo dessa medida?

Avelar: Porque foram essas torcidas que praticaram agressões, conforme apurado nos procedimentos adequados. Estamos fazendo uso do “Estatuto do Torcedor” ? artigo 39, alínea A ?, que prevê a proibição da entrada de torcidas que criarem tumulto ou cometerem atos de violência nos estádios.

Mesmo assim, a secretaria tomará outras medidas de segurança durante os jogos em relação a torcidas organizadas de outras equipes?

Avelar: As “organizadas” ficarão em espaços isolados em nossos estádios.

Outras medidas vão desde a redistribuição do policiamento pelo estádio à melhora de medidas preventivas que já vinham sendo tomadas, como a escolta dos ônibus das torcidas. A distribuição dos ingressos também passará a respeitar os lugares reservados para as “organizadas”, de modo a não colocar cidadãos comuns nos mesmos assentos.

Haverá aumento do policiamento?

 Avelar: O efetivo que temos utilizado tem se mostrado suficiente. O que aconteceu nesse último jogo foi uma ação não esperada. Não estávamos acostumados a receber em Brasília esse tipo de torcida, que já é conhecida por praticar atos de vandalismo, independentemente da situação do jogo.

Houve críticas quanto à atuação da polícia nesse último jogo, como o senhor as rebate?

 Avelar: É normal imaginar que em jogos de final de campeonato, jogos mais tensos, isso venha a acontecer. Mas não em um jogo de começo de campeonato, em razão de uma rivalidade absurda. Foi um ato de vandalismo, de baderna, que agora temos por obrigação tomar mais cuidado pra coibir. Vai servir para aperfeiçoar.

Com informações da Agência Brasília.

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