Polêmica

Novo quer derrubar decisão de Lula sobre exigência de vistos

Medida coloca em risco a renda de milhões de brasileiros, diz o partido

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O deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS) afirma que substituição de cargos efetivos por cargos em comissão atenta contra o interesse público e contra a Constituição. Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados.

A bancada do Partido Novo na Câmara dos Deputados apresentou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para suspender a decisão do presidente Lula (PT), de exigir visto para turistas da Austrália, Japão, Estados Unidos e Canadá.

A sigla alega que a medida do presidente coloca em risco a renda de milhões de brasileiros que dependem do turismo. E destaca que o Brasil não deve igualar a exigência do visto que esses países apresentam, pois há critérios diferentes.

“São residentes de países com altíssima renda, que deixam muito dinheiro no turismo brasileiro e que não entram no Brasil para trabalhar ilegalmente ou para realizar atividades ilícitas. Então, não faz sentido o fim da isenção de visto com base no princípio da reciprocidade e vamos fazer de tudo para que o PDL seja aprovado […] Ao isentar de visto os cidadãos destes países, nós tivemos um acréscimo muito grande, apesar da pandemia, nas visitas de nacionais desses quatro países em comparação com nacionais de outros países. E se retomarmos essa exigência, o Brasil vai perder na competição com todos os outros países da América Latina, salvo Cuba, Venezuela e Bolívia que exigem visto“, declarou o deputado autor da PDL, Marcel Van Hattem.

Van Hattem destacou também que “já há um requerimento de urgência com as assinaturas necessárias para que o PDL possa ir à pauta da Câmara dos Deputados”.

O deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE), já havia se posicionado sobre o assunto. Para o parlamentar, “Lula não pensa na defesa do emprego, da renda e do bem-estar de seus cidadãos, e sim, no revanchismo, punindo os estrangeiros, e principalmente, os que dependem desse setor”.

A decisão de Lula revogou a medida do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que dispensava as permissões de forma unilateral.

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