Preservação ambiental

Amom quer alterar Código Florestal para proteger nascentes

Projeto propõe uma alteração ao conceito de nascentes, para que também sejam inclusos os cursos d'água intermitentes

acessibilidade:
Proposta é de autoria do deputado federal mais jovem do Amazonas, Amom Mandel (Cidadania-AM) Foto: Tomaz Turra / Câmara dos Deputados

Tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que visa alterar o Código Florestal com intuito de criar uma melhor gestão de recursos hídricos e maior preservação ambiental, por meio da ampliação do conceito de nascente e de área de preservação permanente, o texto é de autoria do  deputado federal Amom Mandel (Cidadania-AM).

“O objetivo do projeto é justamente corrigir distorções na proteção das nascentes e das áreas de preservação permanente. Todas as áreas de preservação permanente nas margens de cursos d’água e nascentes devem ser preservadas e restauradas integralmente quando degradadas. Isso é importante para a conservação da biodiversidade e a manutenção da qualidade da água”.

O texto propõe uma alteração ao conceito de nascentes, para que também sejam inclusos os cursos d’água intermitentes, ou seja, que podem secar em determinadas épocas do ano. Dessa forma, as áreas próximas aos afloramentos naturais de lençóis freáticos, mesmo que temporariamente intermitentes, estariam sujeitas a medidas de proteção ambiental semelhantes às áreas próximas aos cursos d’água permanentes, como já previsto no Código Florestal.

Outra mudança proposta, diz respeito à delimitação de Áreas de Preservação Permanente. O Código Florestal considera as faixas marginais de proteção ao longo dos cursos d’água naturais, nas zonas rural e urbana, mas a partir do leito regular do rio. Com a mudança, seriam considerados a partir do ponto mais alto que o rio atinge durante a cheia. A alteração, segundo o parlamentar, tornaria as APPs mais abrangentes.

O PL será analisado pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser avaliado e votado pelo plenário da Casa Legislativa.

De acordo com a atual legislação eleitoral brasileira (resolução TSE 23.610/2019), sites de notícias podem ser penalizados pelos comentários em suas publicações. Por esse motivo, decidimos suprimir a seção de comentários até o fim do período eleitoral.