Sindpol de Alagoas denuncia riscos de fuga em Cisps de Alagoas

O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) denunciou nesta quinta-feira (29) a fragilidade do projeto que é a menina dos olhos da Segurança Pública do govenador Renan Filho (MDB), ao apontar falhas no Centro Integrado de Segurança Pública (CISP), que facilitam fugas de presos e põem em risco a vida dos policiais civis e da população.

Menos de duas semanas depois de a Justiça interditar uma delegacia em Maribondo-AL que oferecia riscos à população, na terça-feira (27), três presos conseguiram fugir do CISP de Cajueiro, que é parte do investimento de R$ 50 milhões neste modelo.

Para fugir do Cisp de Cajueiro, os presos serraram o ferro da grade do teto da carceragem e conseguiram escapar pelos fundos, pulando o muro do prédio, que não tem altura nem proteção suficientes. Quatro detentos ainda permanecem no local.

O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, e outros dirigentes sindicais constataram que a unidade do projeto do CISP não tem condições estruturais para a detenção de presos. E que, através de um terreno cheio de mato se pode ter acesso aos fundos do CISP e lançar serras, espetos, armas, instrumentos ou equipamentos que poder ser ou ter sido usados para a fuga de presos.

“Isso é o que o governo do Estado faz com os policiais civis. Fragiliza o atendimento para toda a população e a vida dos policiais. O governo do Estado tem que se ater e melhorar essas estruturas dos CISPs”, disse Ricardo Nazário.

Os sindicalistas também detectaram infiltrações nos tetos, afundamento no piso externo, rachaduras no muro, portas com problemas nas fechaduras, incluindo a da carceragem e muitas motos apreendidas.  A grade proteção da carceragem foi instalada em uma altura acessível aos presos, tornando fácil serrá-las.

O Sindpol alerta para o risco de fuga na outra cela do CISP de Cajueiro, e em outras unidades do projeto, a exemplo de Ouro Branco, onde também houve fugas de presos.

Assista o vídeo da inspeção do Sindpol no Cisp de Cajueiro: