Senador Rodrigo Cunha rejeita união PSDB-MDB: ‘Não ando com Calheiros’
Senador tucano que lidera disputa pelo governo de Alagoas reprova federação partidária articulada por Bruno Araújo
Líder da disputa pela sucessão de Renan Filho no Governo de Alagoas, o senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL) refutou, nesta quinta-feira (3), a anunciada articulação entre os diretórios nacionais do PSDB e do MDB para uma eventual formação de federação partidária entre as siglas. Cunha ressalta que tem certeza de que “não estará no mesmo palanque dos Calheiros em Alagoas na eleição de 2022”.
O senador tucano elegeu-se para seu primeiro de senador por Alagoas com mais votos que o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (MDB), em 2018. E disse que ontem (2), no mesmo dia do anúncio das articulações, conversou respeitosamente com o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo. E deixou claro para o cacique nacional tucano o seu posicionamento de impossibilidade de caminhar ao lado dos Calheiros nas Eleições de 2022, em Alagoas.
“Respeitarei a posição do partido, mas votarei contra a federação com o MDB e, caso esta seja aprovada pela maioria, não estarei ao lado do senador Renan, nem do atual governador Renan Filho, nas composições para as eleições deste ano em Alagoas. Trato todos com respeito, mas tenho independência para trilhar meu caminho e sei que este não será ao lado dos Calheiros”, afirmou Rodrigo Cunha.
O início das negociações da referida federação partidária entre os presidentes do PSDB, Bruno Araújo, e do MDB, Baleia Rossi, foi noticiada ontem. E passarão pela resolução da complexa equação dos interesses regionais dos partidos que já possuem pré-candidatos à Presidência da República: a senadora Simone Tebet (MDB) e o governador Joao Doria (PSDB), que ainda não definiram a cabeça de uma eventual chapa.
“Iniciamos conversas com o MDB sobre a possibilidade de formamos em Federação uma poderosa força política entre Partidos que tem relevante história na vida pública do País. Nesse momento vou me dedicar a ouvir internamente o conjunto de nossas lideranças. Há um caminho a ser percorrido, mas o momento que passa o País exige de nós essa tentativa”, escreveu Bruno Araújo, ao anunciar as articulações pelo Twitter, na tarde de ontem.