CRISE NA SEGURANÇA

Sefaz diz que Alagoas quebra, se atender proposta de 29% para militares

George Santoro diz que militares já garantiram 33%, até 2022

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Santoro diz que Estado foi até limite com 10% (Foto: Adailson Calheiros)Diante da radicalização das tropas da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado de Alagoas, que passaram a exigir reajuste de 29%, ao rejeitar proposta de 10% parcelados em quatro anos, o secretário da Fazenda, George Santoro, afirma que “o Estado quebra”, se avançar além do percentual já oferecido como no limite financeiro. E disse que a proposta de 10% de ganhos reais oferecida pelo governo garantiria a policiais e bombeiros um aumento de 33% até 2022.

Segundo as contas do secretário da Fazenda, os militares garantiriam os 10% de ganho real, parcelados nos próximos quatro anos, mais toda a reposição de inflação que o servidor do estado também terá no período: 2,95%, neste ano de 2018;  e 5% ao ano de 2019 até 2022, segundo projeções de IPCA.

“Fomos ao limite do limite, porque o governador Renan Filho está preocupado com a segurança da população. Não dá para ir além, senão o Estado quebra. Os militares teriam, neste período, além dos 10%, um percentual de correção de 23% ou mais, dependendo da inflação. Somando tudo, passariam dos 33% para aplicação da reposição salarial a todo o funcionalismo, com base no IPCA. Quem poderia imaginar isso na situação atual do País”, declarou Santoro, em entrevista ao jornalista Edivaldo Júnior.

No início da semana passada, o governo ofereceu 3,8%, em resposta ao pedido de 10,61% de reposição da inflação de 2015, pleiteado pelas tropas. Em depois da ameaça de aquartelamento, na sexta-feira (6), ampliou o percentual para 6%, rejeitado na mesa de negociações pelas associações militares; depois subiu para 10% divididos em quatro vezes, sendo 4% em 2019 e 2% nos três anos seguintes. E o governador Renan Filho declarou, ontem, que este percentual é o teto para não comprometer as finanças do estado de Alagoas.

Cerca de três mil policiais e bombeiros militares rejeitaram a proposta do governador Renan Filho (MDB), em assembleia realizada ontem à porta da sede do governo. E decidiram ampliar para 29% a proposta de reajuste salarial, para que haja uma equiparação à reposição concedida recentemente à classe dos delegados da Polícia Civil, a ser aplicada em 2019.

As associações militares contestam as projeções do secretário, como sendo uma "falácia", baseada em meras conjecturas. Leia na matéria seguinte.

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