Secretária de Segurança defende TC feito por PMs e irrita delegados

A secretária de Segurança do Distrito Federal, Márcia de Alencar, parece não estar muito preocupada com sua reputação na Polícia Civil. Com um relacionamento já desgastado, o clima azedou nos últimos dias após a psicóloga ir pessoalmente ao Tribunal de Justiça do DF defender que policiais militares possam fazer termo circunstanciado, atribuição exclusiva da polícia judiciária.

Márcia já foi à Corte por duas vezes nos últimos dias defender os interesses da Polícia Militar e desagradou policiais civis e delegados. Em uma das reuniões, a titular da SSP falou diretamente com o presidente do TJ, desembargador Mário Machado Vieira Neto. A secretária também já fez encontro com algumas forças de segurança.

Em grupos de whatsapp e conversas de grupo, delegados da Polícia Civil cogitaram produzir uma menção de repúdio contra a secretária por causa do "lobby" feito por ela. A ideia, porém, não foi adiante.

Essa é mais uma indigesta crise entre a secretária e Polícia Civil. Durante a Olimpíada, com jogos em Brasília, Márcia disse em uma reunião que colocaria PMs para fazerem a segurança das delegações, pois, segundo ela, "a Polícia Civil não faria diferença". A declaração gerou um caos.

À época, o deputado Cláudio Brantes (Rede) ficou indignado e enviou um whatsapp para o governador Rodrigo Rollemberg. “Governador, já pedi uma vez e vou pedir de novo. Proíba a secretária Márcia Alencar de dar declarações sobre movimentos da PCDF. Eu já perdi a paciência com ela e não vou ficar calado”, escreveu o distrital.

Em nota, a SSP disse que os dois encontros que ocorreram para tratar deste tema foram coordenados pela Corregedoria do Tribunal de Justiça e a secretária foi como convidada. A assessoria informou que a SSP só vai se posicionar sobre o termo após decisão do Tribunal de Justiça.