Governador de São Paulo acha inadmissíveis bloqueios nas rodovias
MP monta força-tarefa para investigar interdições de caminhoneiros nas rodovias de São Paulo
O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), afirmou nesta terça-feira, 1º, que o bloqueio de estradas é “inadmissível”. Em mensagem nas redes sociais, Garcia informou que um gabinete de crise monitora a situação no Estado desde segunda-feira.
“Quero fazer um apelo para que essas manifestações se encerrem. As eleições acabaram, nós vivemos em um país democrático, São Paulo respeita o resultado das urnas, e nenhuma manifestação vai fazer com que a democracia do Brasil retroceda”, disse Garcia nas redes sociais. “O bloqueio de estradas é inadmissível. As pessoas têm o direito de ir e vir”.
Nesta segunda, 31, o Ministério Público de São Paulo disse, por meio de nota, que o procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, constituiu um núcleo de atuação Integrada composto por membros da Promotoria de Justiça da Habitação e do Urbanismo da Capital e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para investigar em que circunstâncias estão ocorrendo os bloqueios.
Os manifestantes bolsonaristas são contra o resultado das urnas na votação de domingo para a Presidência da República, que marcou a vitória de Lula contra JAir Bolsonaro.
Na manhã desta terça, 1°, havia protestos na Castello Branco, na altura de Osasco, e no Rodoanel. A Regis Bittencourt permanece parcialmente interditada no km 280 a pista Norte.
Bloqueio na Hélio Smidt afetou a operação no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Segundo a GRU Airport, 13 voos foram cancelados nesta terça-feira e cinco estão atrasados. Na segunda (31), 12 voos já tinham sido cancelados.
Decisão do STF
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal votou, nos primeiros minutos desta terça-feira, para confirmar a decisão individual do ministro Alexandre de Moraes, que determinou à Polícia Rodoviária Federal (PRF) e às polícias militares dos estados o desbloqueio das rodovias brasileiras ocupadas de forma irregular por manifestantes bolsonaristas.
Na decisão individual, tomada na noite desta segunda-feira, Moraes atendeu a pedidos da Confederação Nacional dos Transportes e do vice-procurador geral eleitoral.
Desde o início da noite de domingo, o ainda presidente Jair Bolsonaro não se manifestou – nem mesmo aos seus apoiadores.