Tarcísio de Freitas afirma que não irá demitir o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite
A declaração foi uma resposta à carta escrita pela mãe de Marco Aurélio Cardenas Acosta, assassinado por um PM com um tiro à queima-roupa
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta segunda-feira (13) que não irá demitir o atual secretário de Segurança Pública do Estado, Guilherme Derrite, após o alto número de mortes em decorrência de intervenção policial.
A declaração foi uma resposta à carta escrita pela mãe de Marco Aurélio Cardenas Acosta, assassinado por um PM com um tiro à queima-roupa no ano passado. A mulher criticou a permanência do secretário no cargo.
“Não pretendo fazer mudanças por ora. É claro que a gente se sensibiliza com a dor dessa mãe, com a dor do pai. Eu entendo as manifestações que eles têm emitido. São perfeitamente compreensíveis. Acho que no lugar deles eu estaria procedendo da mesma forma. Existe um desejo de ver a Justiça. Eu acho que essa Justiça tem que acontecer e vai acontecer, porque os responsáveis serão apresentados à Justiça, irão a julgamento”, disse Tarcísio durante agenda no Aeroporto Internacional de São Paulo.
Tarcísio de Freitas declarou não tolerar os casos de violência e que os envolvidos serão punidos. “Nós não vamos tolerar casos de abuso, não vamos compactuar com isso. Então aqueles que estão se excedendo, estão descumprindo aquilo que são procedimentos estabelecidos serão severamente punidos”.
E pontuou que todos os policiais que atuam na rua estão passando por reciclagem com apresentação de casos onde houve abusos.
“A gente está apresentando cases onde houve abuso, onde procedimentos não foram executados como estão previstos. A ideia é intensificar ações de treinamento, mais aquisição de material de capacitação neuromuscular, ou seja, mais armamento não-letal”.
Avaliação positiva por parte da população
Segundo o levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, 53,1% dos brasileiros aprovam a política linha dura do governador Tarcísio de Freitas para a polícia militar do Estado de São Paulo.
A pesquisa foi divulgada nesta terça-feira (14), 25,7% desaprovam e 21,2% não sabe ou não opinou.
Por região, o Sudeste liderou a pesquisa com 60,4% de aprovação, enquanto no Nordeste apenas 46,1% estão a favor.
A coleta de dados foi realizada entre os dias 07 a 10 de janeiro de 2025 através de entrevistas pessoais com 2.018 pessoas.