Justiça cassa candidatura de Dário Saadi à reeleição em Campinas
A defesa diz que vai recorrer da decisão e, enquanto aguarda análise do Tribunal, o candidato a prefeito pode seguir na campanha eleitoral
A Justiça Eleitoral determinou a cassação do registro da candidatura do atual prefeito de Campinas (SP) e candidato à reeleição, Dário Saadi (Republicanos).
Segundo o magistrado o candidato e prefeito teria usado do cargo para fazer gravações em áreas restritas, utilizando bens e serviços da administração de Campinas, o que, segundo a Justiça, desequilibra a disputa com seus concorrentes.
“No caso presente, houve demonstração do abuso de poder político, sendo perceptível a ocorrência de campanha que transborda os limites admitidos pela legislação eleitoral, já que, como dito alhures, foram utilizadas imagens que não são públicas e acessíveis a todos os demais candidatos”, diz a decisão que também destaca que “imagens não captadas em praças ou quaisquer outros locais de livre circulação dos munícipes, acessíveis a outros candidatos, mas sim em locais de acesso restrito ao seu interior, cuja utilização, a meu ver, caracteriza o abuso do poder político, de modo a caracterizar a ilegalidade”.
A ação foi movida pela Coligação Mudança de Verdade (PT, PCdoB, PV, PSOL e Rede) e pelo Ministério Público Eleitoral. A decisão foi em primeira instância e ainda cabe recurso e ele poderá seguir com a campanha até que o caso seja analisado pelas instâncias superiores.
Em nota, a campanha de Dário afirmou que “a decisão da primeira instância da Justiça de aceitar um pedido do PT para barrar a candidatura de Dário Saadi por causa da publicação de três posts na internet, em nada interfere na campanha de Dário. A própria lei eleitoral garante a manutenção regular da campanha, ao suspender qualquer efeito da decisão, enquanto não se esgotarem todos os recursos”.
E completou dizendo que “a campanha de Dário Saadi recebe a decisão com indignação e lamenta que o PT apele à Justiça para tentar contrariar a vontade amplamente majoritária dos campineiros. O roteiro da oposição é o mesmo de quatro anos atrás. Em 2020, tentaram barrar Dário na Justiça porque ele havia feito um atendimento, como médico, de graça. Mas a decisão final foi clara: Dário sempre foi correto e não cometeu nenhum crime eleitoral e muito menos qualquer abuso”.